quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Absurdo! (2)

Ser maltratado num lugar que cobra caro por tudo que oferece já é quase uma prática de status nessa cidade. Serviço ruim é caro, serviço excelente é impossível no sentido financeiro.
Não tem cabimento um estabelecimento "resolver" que pode tudo só porque lota todo dia. A máxima de que, sem o cliente uma casa comercial simplesmente não existe, é completamente colocada de lado e impera a arrogância e empáfia de seus funcionários.
Eu mesma já passei por apertos e quando alguma coisa desse tipo acontece, eu simplesmente não retorno ao lugar. E acho que, se todo mundo tivesse a exata medida do que é um bom atendimento, mais da metade das casas em São Paulo já teriam quebrado.

O que você espera num estabelecimento?

Absurdo!

As coisas pelas quais a gente passa... Uma amiga minha foi maltratada (!) numa casa cara da cidade.

"Gostaria de relatar a minha indignação com a casa noturna Na Mata Café (Rua da Mata, 70 – Itaim – SP/SP), ou, mais especificamente, com o gerente do local, Sr. Renato. Já conhecia a casa e nunca tive reclamações, mas na última sexta-feira (04/08), quando meu namorado comemorou seu aniversário lá, foi um completo desastre.

Para saber quais os valores praticados na casa, liguei a primeira vez no dia 27/07 (quinta-feira). Um funcionário informou que, para quem ficasse somente no bar / restaurante, seria cobrado só o que fosse consumido. Já para quem quisesse entrar na balada, que fica na parte de trás da casa, seriam cobrados R$ 35 para homens e R$ 25 para mulheres (entrada). No entanto, não permitiram que eu fizesse reserva, pois só poderia ser efetuada na semana do evento.

Voltei a ligar no dia 31/07 (segunda-feira). Perguntei novamente os valores e uma outra funcionária me disse que, por causa de uma mudança na atração musical de sexta-feira, o preço para quem entrasse na parte de trás (pista) seria mais alto (R$ 50 para homem e R$ 25 para mulher), mas confirmou que quem ficasse somente na parte do restaurante não teria que pagar nada além do que consumisse. Por causa de uma dúvida sobre qual mesa reservar, disse que ligaria novamente depois.

Consultei meu namorado, o aniversariante, e finalmente fiz a reserva. Isto, claro, após confirmar com a funcionária que me atendeu se quem usasse somente as mesas do restaurante não teria que pagar nada a mais do que consumisse. Tudo resolvido, então meu namorado convidou seus amigos e avisou a todos que o valor a ser pago seria somente o que fosse consumido, conforme o que me informaram.

Chegado o dia, fomos ao Na Mata. Quando entramos, perguntaram nome e telefone para fazer a comanda, nos entregaram e não disseram nada sobre nenhum valor a ser pago. Um pouco mais tarde, um dos convidados chegou reclamando que queriam cobrar R$ 50 de entrada para ele e mais R$ 25 para sua namorada.

Como fui a responsável pela reserva, fui verificar qual era o problema. Conversei com o gerente da casa, Sr. Renato, expliquei o que estava acontecendo e disse que não estava entendendo, afinal liguei três vezes para a casa e em todas me disseram que nenhuma quantia seria cobrada. O gerente falou que eu havia ouvido errado ou que era mentira (!!!) e que isso era impossível, pois não era prática da casa. Como poderia ser impossível se pessoas diferentes que trabalham no estabelecimento fizeram esta mesma afirmação por telefone?

Tentei solucionar o problema, entrar em algum acordo, mas ele – com toda a arrogância que pôde mostrar - me sugeriu duas soluções: ir para outro lugar (o que eu faria com todas as pessoas que ainda não haviam chegado?) ou entrar na justiça contra a casa (o que não resolveria o problema de imediato). Meu namorado entrou na conversa e acabamos negociando que cada convidado, seja homem ou mulher, pagaria R$ 25 de entrada. Não era justo, não era o combinado anteriormente, mas mediante a situação e necessidade urgente de resolver o problema, foi a solução encontrada sem ter que acabar com a comemoração. Infelizmente, alguns convidados chegaram até a porta do Na Mata e não entraram por causa do valor.

Escolhemos o lugar para a comemoração por gostarmos do ambiente e pelo fato de nossos convidados poderem simplesmente passar para cumprimentar o aniversariante, sem precisar gastar para isso. A idéia de não ir para algum lugar com entrada foi exatamente para não restringir a presença de ninguém, mas infelizmente, foi o que aconteceu por total falta de organização e comunicação entre os funcionários do Na Mata.

Na hora de ir embora, depois de termos pago nossas contas, indignada com a falta de respeito ao consumidor e já determinada a escrever esta carta, fui perguntar ao gerente seu nome completo. Ele se recusou a dizer, começou a falar que eu não era ninguém para questioná-lo e me agrediu. Meu namorado veio me defender, quando se juntaram seguranças em volta de nós dois e o tal gerente – com toda a sua covardia – deu dois tapas fortes na cabeça do meu namorado, além de nos xingar. Até pensamos em ir à polícia, mas a agressão não deixou marcas que pudessem evidenciar o que aconteceu. Além disso, não resolveria nada.

Como jornalista, acho que a melhor arma que tenho são as palavras. Já que a justiça e a polícia não resolvem nada, só me resta divulgar tamanha falta de respeito ao consumidor, pois acredito na força da imprensa. Nunca fui tão mal-tratada em um estabelecimento. Sempre pensei que a máxima “O cliente tem sempre razão” valesse. Acima de tudo, acho que a boa educação é fundamental para quem lida diariamente com o público. Quero crer que o proprietário da casa não admitiria tal situação e que foi apenas um problema de funcionários sem nenhum preparo, tato e bom senso, mas prefiro não arriscar um retorno. Espero que tenha sido apenas um mau dia deste gerente tão arrogante e despreparado e de sua equipe, mas depois do que aconteceu nunca mais voltarei ao Na Mata Café e faço questão de avisar a todos para que evitem freqüentá-lo.

Se assim como eu, você também quer ser respeitado, por favor, encaminhem para seus amigos para que tenham mais cuidado e possam evitar tal situação.

Obrigada.

Abraços,
Tatiana Carvalho"