quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tupinicópolis ou porque ainda somos terceiro mundo

Cargos políticos são empregos como qualquer outro e trazem muito mais responsabilidades do que qualquer outro porque deveria ser uma representação do povo. No Brasil, o único requisito é que o candidato seja alfabetizado. Enquanto os cargos não exigirem formação mínima (como qualquer outro emprego), não exigirem presença no local de trabalho (como qualquer outro emprego) e não tiverem uma limitação extensa das regalias (que nenhum de nós em empregos comuns têm), os políticos jamais vão respeitar o cargo, ou o povo que o colocou lá.

Políticos não só se safam de crimes que colocariam qualquer um de nós na cadeia na hora, como têm o direito de se candidatar de novo, e assumir caso sejam eleitos. Enquanto isso a população não entra com processos trabalhistas contra empresas abusivas por medo de "ficar queimado" e tenta manter seu nome limpo para não perder nenhuma oportunidade. É justo um político que matou pessoas num acidente de trânsito porque estava embriagado não ir para a cadeia? E que tal o presidente que sofreu impeachment continuar sem problemas com a sua carreira política?

O paternalismo que dá de graça, ou aumenta o crédito para que as classes menos abastadas possam comprar descontroladamente já nos governa há muito tempo. Que tal um sistema educacional que faça com que as pessoas possam alcançar seus objetivos com as próprias pernas? Difícil, né? Vai que todo mundo aprende a pensar?

A televisão brasileira virou um problema do ovo e da galinha. O sensacionalismo aumenta porque as pessoas querem ver mais, ou as pessoas vêm mais porque o sensacionalismo só aumenta? Mesmo sem essa resposta é muito fácil perceber que a coisa só piora. E a gente sabe que o brasileiro não vai deixar de ver televisão, e de emburrecer.

E as campanhas dos artistas globais  para salvar criança na África? O complexo de Angelina Jolie chega ao Brasil. Que tal uma campanha para resolver o problema da seca no nosso nordeste? Não tem criança passando perrengue lá também?

Direito civil não deveria ter a interferência de nenhuma igreja. Num país em que vemos crianças nos semáforos pedindo esmola todo dia deveríam haver campanhas maciças de controle de natalidade e uma discussão muito menos preconceituosa sobre o direito ao aborto de um filho indesejado.

E por falar em direito civil e interferência da igreja, porque se permite que padres, pastores e outros representantes religiosos se candidatem à qualquer cargo? Uma só doutrina não pode atender à toda a população, não há como.

Sobre a cura gay e a mais nova do referido biruta, que não quer que a rede pública de saúde atenda as mulheres vítimas de violência sexual (com o apoio de lideranças religiosas, diga-se de passagem), não vou me manifestar. Me é tão absurdo que às vezes acho que Marco Feliciano é pegadinha. E do Faustão!

Órfã aos 33. Meu pai.

Papito, como eu o chamava, bebia muito, desde sempre. E isso foi criando nele uma depressão química e perene, que piorava a cada ano. Ele falava em se cuidar mas nunca fez exercícios físicos ou maneirou na bebida. O resultado foi a morte dele, súbita e muito injusta, porque ele pegou uma bactéria no coração e o corpo dele não teve forças para lutar contra a doença.
Esse homem tinha muitos defeitos, mas suas qualidades como uma pessoa íntegra, competente e generosa eram fenomenais. Meu pai não era muito carinhoso, tinha dificuldades nessa área. Mas amava muito a mim e ao meu irmão. Por conta de todo o trabalho dele, ficamos em uma posição bastante segura quando ele se foi e serei eternamente grata a ele por isso.

Também não deixarei de sentir saudades. Nunca mais.

Busquei ajuda psicológica e psiquiátrica e estou melhor. O desespero se foi, a depressão já não ameaça me engolir inteira e estou começando a me mover de novo. Essa foi a pior perda da minha vida, principalmente porque jamais imaginei que aos 33 eu seria órfã. Mas sei que tenho todas as ferramentas para viver a minha vida, ficar bem e cada vez melhor. E é isso que pretendo fazer.
Quanto aos que se foram, sempre farão falta, e sempre pensarei neles com muito carinho.

domingo, 7 de julho de 2013

Balanço Geral ...

Ontem assisti, pela enezima vez, o filme Simplesmente Complicado e hoje ao acordar estava passando de novo. Gosto muito, mas muito mesmo desse filme que retrata o que tantos casais ou ex casais passam ou já passaram.
Uma recaída, um pequeno flash back, ás vezes acontece. Nunca aconteceu comigo, digo com meu ex marido, mas conheço casos. Para alguns serve para por uma pá de cal em cima do assunto e cada um vai para seu lado, para outros, depois de um bom tempo separados, serve para demonstrar que o amor é um sentimento que muda, se adapta, realmente se transforma e também amadurece com a gente.
Tenho um companheiro maravilho de anos, ele já passou de tudo comigo, desde crises existenciais minhas até ciúmes doentio. E vice versa, também passei com ele diversas crises, vi como ele reagia a cada acontecimento e fomos crescendo.
É interessante como a gente vai e volta, como se nada tivesse acontecido, sempre renovados, sempre apaixonados.
Desta última vez foi separação  por um ano, por que não estávamos nos entendendo de jeito nenhum e as coisas que ele não gosta na minha vida e as que eu não gosto na vida dele deixaram a nossa convivência insuportável.  
Bem, voltamos é claro! Ele está ao meu lado como amigo, namorado, amante e o melhor, parece, que conseguimos entender nossa dinâmica de vida e, talvez por que somos dois cinquentões, estamos mais pacientes um com o outro, sem brigas, evitando assuntos que chateiam um ao outro, tornando a convivência deliciosamente confortável, em vez de perdermos tempo discutindo coisas que jamais serão diferentes, pois fazem parte da personalidade, passamos nosso tempo fazendo exercício (sim ele está me dando aulas :)!), ou fazendo amor, assistindo um bom filme, ou simplesmente separados, dá tempo para sentirmos saudades!

Mas, não posso esquecer que o título é Balanço Geral, bem me ocorreu a ideia de fazer um balanço da alegria/tristeza que passei na vida.
Sabem, a conclusão é que os dias felizes superam em muito os de tristeza.
Por isso a felicidade, claro que não ocorre todo dia o dia todo, mas todo dia tenho momentos felizes, e é disso que corro atrás.
Só me dei conta quando parei para pensar seriamente no assunto. Tantos dias felizes no passado, alguns que são os picos de felicidade como por exemplo: viagens com a família, piadas contadas pelo meu pai, namorados na época da escola, dia do casamento, festa de formatura, compra do bar da praia, nascimento de minhas duas filhas, dos meus sobrinhos, meus colegas de trabalho, meus amigos colecionados pela vida tanto social quanto profissional, as festas, as baladas com meus amigos, sobrinhos, tudo, tudo de bom que acontece supera em muito o que ocorre de ruim, o que invejam, o que desejam que eu sofra e assim o inimigo não se conforma que um pessoa que batalhe tanto quanto eu, seja uma cinquentona sacudida e ainda por cima seja feliz...

Concluindo: no balanço geral de minha vida os momentos de felicidade, que se transformam em dias de felicidade, em períodos de felicidade superam em muito os de tristeza, mesmo por que, hoje faço questão de só me lembrar dos felizes, os tristes esqueci, simplesmente esqueci!!!!!!