sábado, 27 de dezembro de 2014

Eu já ajudo você!

Nessa época de festas de final de ano fica todo mundo mais "solidário" e parece (?) que aumenta bastante o número de "necessitados" por aí, né não? Eu estou há muito tempo querendo registrar de alguma forma uma opinião bastante forte que tenho sobre caridade e, principalmente, caridade no Brasil. Vou aproveitar essa época sublime para isso. Ho ho ho.
Para começar, o conceito de caridade é muito particular e, no meu ponto de vista, um talento. Tem gente que tem isso dentro de si, naturalmente, e gente que não. Isto posto, a cultura da culpa é uma grande sacanagem inventada pela sociedade, que faz todo mundo que não "ajuda" ficar com peso na consciência e abre espaço para um monte de gente se aproveitar.
Eu que passei anos dando esmola em semáforo, vi cada absurdo que há algum tempo já o meu lema se tornou "não dou dinheiro na rua". Isso é para ninguém. Nem velhinho, nem criança, nem mulher com criança (essa eu tenho vontade de socar até aprender a falar inglês), nem aidético, nem voluntário da casa que cuida do aidético, nem malabarista, brasileiro ou gringo. Ninguém. Porque é quase tudo golpe e se as pessoas não dessem dinheiro na rua, as outras paravam de pedir.
Curitiba é uma cidade que abraça o deficiente de uma forma rara, tirando as péssimas calçadas que judiam dos cadeirantes, quase toda empresa tem algum tipo de deficiente trabalhando. Então é possível. Então não tem desculpa. E gente saudável pode trabalhar. Sempre. É só querer.
Aí alguém diz: "é que você não sabe o que é passar fome, sede ou necessidade". Não sei mesmo. E a maioria dos "caridosos de natal" também não sabe. A questão está longe de ser essa. Esse tipo de coisa é obrigação do governo. Assim definiu a própria sociedade. É o básico que se precisa para viver, portanto, deve ser disponibilizado pela gestão, do município, do estado ou do país. Assim como os meios para a criação da própria riqueza, ou seja, saúde e educação de qualidade e de graça. Para todo mundo.
E como isso acontece? Acontece através do dinheiro que todos nós hábeis, aptos e ativos, pagamos de pesados impostos sobre tudo, o tempo todo. Ou seja, eu já ajudo cada uma dessas pessoas "necessitadas", as de mentira e as de verdade, já que eu nunca devi um centavo de imposto, e recentemente até abri um negócio e contratei uma vendedora. Estou movimentando a economia e gerando emprego. Tudo que uma nação precisa para prosperar.
Então antes de fazer caridade só nas festas, para sentir que "fez sua parte", lembre que a parte mais importante é cobrar que o dinheiro que você se ferra para pagar ao governo seja usado apropriadamente, que se você não "ganha" nada dele e alguém ganha, quem está pagando é você. Que se você trabalha e outro não, quem está pagando é você também. Que se alguém sonega, está dificultando seu trabalho e diminuindo seus resultados.
E quanto a mim, só me sinto compelida a ajudar de verdade quando se trata de alguma catástrofe, que essas não tem como prever ou evitar. De resto, eu já ajudo todo mundo, o tempo todo, com o meu trabalho e honestidade. Não dou dinheiro na rua. Mas farei qualquer coisa para ter pessoas tão honestas quanto eu no poder, direcionando meu dinheiro para onde ele deve ir.

E acho que todo mundo devia pensar bem nisso. Também acho que muito pouca gente pensa.




quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

2014, ou "O ano de Karina Mikowski" (sem robozinho e sem trubisco)

Todo mundo resolveu abraçar a retrospectiva facebookística que o robozinho fez (não, eu não vi nem vou ver nenhuma, os amigos terão que me perdoar), e eu comecei a avaliar meu ano por conta disso. Tá, serviu para alguma coisa.
Tanta gente dizendo que o ano foi terrível que eu já tinha abraçado essa causa. Com força.
Mas, avaliando bem, meu ano foi um startup e não dá para avaliar períodos assim de forma maniqueísta porque ainda não chegaram ao seu fim, nem à sua maturidade, para falar bem a verdade. Algumas áreas sofreram, outras foram desenvolvidas, e grandes decisões foram tomadas.
Meu início poderia estar sendo mais bombástico? Poderia. Mas aí entra esse 2014 que maltratou tanta gente e o comércio foi o mais atingido esse ano, justo a área que eu escolhi. O que significa que meu "fracasso" temporário não é bem isso. Está ruim para todo o comércio e isso pode até ser bom para mim. Enquanto passo a minha fase naturalmente fraca, de consolidação, de conquista do cliente, de aprendizado, vou me desenvolvendo devagar e quando as coisas melhorarem eu já estou em condições de tomar decisões mais embasadas em experiência. Bom, vai...
O resto do ano não trouxe nenhuma catástrofe, que dessas já tive uma cota bem grande nos últimos tempos, mas também não trouxe imensas emoções. Minha loja nova foi muito comemorada, mas a apreensão está lá diariamente. E se eu estiver equivocada? E se a minha ideia for maluca? E se as pessoas não me aceitarem?

Essas são perguntas que só o tempo vai responder para mim. E enquanto isso, me preparo para que 2015 seja o ano. Aquele que vai provar que eu estava certa e que vai me trazer o gostinho do sucesso, coisa que eu nunca senti num nível tão pessoal e tão profissional ao mesmo tempo, na vida.
Dá frio na barriga, mas eu mal posso esperar!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Cada vez mais chato...

Minha amiga Nailim postou um texto esses dias que eu achei ótimo, "7 maneiras de ser insuportável no Facebook. E o moço não tá muito errado não, sabe? É longo, mas vale a pena ler. Aqui coloquei só os tópicos que ele desenvolve, para vocês terem uma ideia:

1) O Exibido
Que eu chamo de Facelies, só coisa boa acontece com todo mundo, menos comigo, né não?
2) O gancho misterioso
Suspense é bom para a TV ou cinema. Se for piada interna manda por SMS.
3) A atualização de status literal
O oposto do Facelies. E eu lá quero saber que suco você tomou hoje de manhã?
4) A mensagem privada inexplicavelmente pública
Manda por SMS.
5) O discurso de aceitação do Oscar vindo do nada
Está grato(a)? Vá até a igreja mais próxima...
6) A opinião óbvia demais
AKA óbvio ululante.
7) Um passo em direção à luz
Filosofia de para-choque de caminhão, com cara de autoajuda, disfarçado de momento de iluminação. Arre!

E, caso você esteja pensando que não pode piorar, piora... A câmera digital trouxe muita coisa boa para a nossa vida. Mais liberdade, mais praticidade, certeza de que a foto ficou boa (ou do jeito que você queria, anyway...). Mas trouxe também um milhão de fotos tiradas por evento!!! O que também é uma coisa boa, ou ninguém reparou que a gente se livrou de ter que ver álbum de férias, formatura, casamento, aniversário do neném? Reparou não? Uma das coisas mais chatas que aconteciam há 20 anos atrás não rola mais... "Tá no Face? Dou uma olhada lá", e não vê nunca!!! Até o álbum alheio virou opção pessoal. Lindo!

O Facebook então inventa o que eu vou chamar de trubiscos, para obrigar a gente a ficar vendo foto que não quer, com comentários que provavelmente não interessam... Já viram a novidade? "Meu ano", "nossa amizade" e sei lá mais o que... A preguiça de selecionar entre um milhão de fotos para mostrar para os outros foi resolvida! O robozinho escolhe, e você só posta, para desespero de amigos e parentes que vão ser obrigados a ver esse "álbum".

É... tá fácil não...

sábado, 13 de dezembro de 2014

Lili, a ex

E aí eu queria muito recomendar, mas muito mesmo, para quem ainda não está acompanhando, a série Lili, a ex, no canal GNT. Lá em casa nos interessamos um pouco pelas chamadas, mas nunca prestamos atenção no horário que ia ao ar, para podermos assistir. Um dia, dando aquela revirada básica no now, encontrei lá e resolvemos dar uma olhada.
É mais do que hilário. Eu não sei se a tirinha é boa, nem se Maria Casadevall é boa em outro tipo de papel, só sei que a relação fora na casinha entre Reginaldo e sua ex obcecada, que por sinal mudou para o apartamento ao lado do dele e inverteu o olho mágico dele para poder olhar lá dentro, é mais do que divertida.
No começo, senti um pouco de receio de que tudo girasse em torno dos absurdos provocados por Lili, afinal, quanto material pode sair de "ex ciumenta atormenta ex"? Mas o roteiro explora o surrealismo e a química entre os atores é visível. Nem precisava da experiência de Rosi Campos e Milton Gonçalves que, aliás, fazem os personagens que eu menos gosto.
O quarteto de amigos Lili, Reginaldo (sim, Lili e Reginaldo são amigos!), Reinaldo (irmão de Reginaldo) e Cíntia (melhor amiga de Lili), são bastante competentes e ainda tem o mais que biruta Bituca, atendente da lanchonete que todo mundo frequenta e que sempre traz alguma coisa diferente do que foi pedido. E isso é super normal. Para eles...

Não sei quanto tempo a mágica vai durar, mas se você não liga para incongruências (nada no cotidiano de ninguém faz muito sentido), adora um surrealismo televisivo bem aplicado e tem muito humor, assista. Eu acho que você vai gostar! :D

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Bolinho eca!

Gente, precisei dar aquela resmungada básica porque um monte de amiga minha teve, ou tá providenciando, filho recentemente e acho que toda mãe (pai, tia avó, avô) deve tomar muito cuidado com o que oferece às crianças de lanche.
Nas últimas semanas, com esse negócio de ficar na loja o dia todo, andei comprando todo tipo de bolinho doce, daqueles embalados individualmente, para o meu "lanche" (sim, sou gordinha). Meus deuses, quanta porcaria!
Claro que eu sabia que era tudo tranqueira, caloria vazia fácil, mas não achei que o nível desse tipo de coisa tivesse baixado tanto de quando eu era criança. Se eles não são duros como um tijolo e tão secos que não tem como morder sem esfarelar metade, eles são de um chocolate que tem gosto e consistência de sebo! (eca!)
E eu nem tô falando de marcas barbante. Tô falando das grandes do mercado mesmo, tudo lixo! Nem fui ler a tabelinha, ou a lista de ingredientes, que não faz tanta diferença para mim, não entendo muito mesmo, mas não precisei. Aquilo só pode fazer muito mal! E meu medo é as crianças terem o paladar tão estragado que gostem daquilo.

Pessoal, eu não tenho filhos, mas recomendo veementemente que vocês experimentem tudo que as crianças forem comer. E se você achar estranho, ainda é melhor fazer um bolo daqueles de caixinha e mandar um pedaço. Pelo menos tá assado fresquinho e você é responsável pelos ingredientes úmidos, que são os mais delicados.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Para onde estamos indo?

Estava falando com uma amiga um dia desses sobre os rumos da humanidade (bem profundo) e como, na minha concepção, estamos piorando ao invés de melhorar. No começo, quando a internet começou a criar um conhecimento globalizado, eu imaginei que isso faria com que a consciência das pessoas se expandisse. Porque é cada vez mais difícil alegar ignorância certo? Quase todo mundo tem o Google na palma da mão, não tem?
Então por que a coisa só piora? Por que as pessoas falam cada vez pior, escrevem cada vez pior, disseminam bobagens e absurdos com cada vez mais convicção se leva 30 segundos e 100 gramas de bom senso para perceber que algo não é verdade? Será que estamos passando pelo processo inverso? Antes não tinha informação, tínhamos que passar uns para os outros (pais, escolas, amigos, livros) e todos eram responsáveis. Agora tem demais, todo mundo sabe tudo e ninguém sabe nada porque dá preguiça de descobrir o que é real?

E mais... Já repararam como está surgindo uma cultura do desapego? Sem trocadilho ou brincadeiras com o site de vendas, o sensacionalismo cria bestas que não se importam com mais nada, e até a ficção entrou na onda de matar o personagem mais popular. Até pouco tempo atrás isso não se fazia de jeito nenhum! O público abandonava a série ou novela e nunca mais voltava. Agora o truque é "ninguém está salvo" e personagens com os quais o público se identifica são os mais propensos a morrer. E todo mundo acha fodástico isso (pardon my french). Não estou de forma alguma culpando a indústria do entretenimento, muito pelo contrário, essa desculpa é mais velha que andar para a frente, mas é um indício. Um indício de que ninguém se importa com mais nada e que o "lado negro" é cada vez o mais atraente.

Considero minha geração, dos nascidos até 1980, a última a ter aprendido moral de verdade, respeito de verdade, noção de hierarquia. Pessoas 4 ou 5 anos mais novas já receberam outro tipo de educação e são chamadas de geração Y. Pouco tempo, que fez muita diferença. Algumas coisas para bem, outras para o mal.

O que eu vejo são pessoas cada vez mais descontroladas, sem noções básicas de nada, nem de gramática e ortografia, correndo para ser o próximo milionário da internet, ou a próxima blogueira mais it do planeta, custe o que custar. Vejo crianças pequenas que não têm o menor pudor em fazer o que querem, porque não têm medo de decepcionar os pais (que aliás, estão aterrorizados com a possibilidade de decepcionarem os filhos no seu papel de pais). Vejo pessoas se apegando aos bichos e plantas como se não houvesse amanhã. Claro, esses "seres" são desprovidos de maldade, ao contrário de nossos pares. Aí fica uma galera fazendo todo mundo se sentir mal por tudo. Pessoas que se esquecem que preferências alimentares são decisões totalmente pessoais e que caridade é um talento, tem gente que não tem.

Isso ressalta ainda mais um ponto importantíssimo: a liberdade total e irrestrita de expressão nos canais digitais criou mais um tipo de besta, a besta da opinião. Todo mundo agora acha que tem uma opinião valiosa, que por isso deve ser disseminada e que por isso vai mudar a opinião das outras pessoas.

Honestamente, quando foi a última vez que você mudou de opinião por causa de um post no Facebook?

E mesmo com tantas mudanças bem radicais, ainda vejo mulheres repetindo a tentativa hercúlea (e centenária) de ser tudo para a família e o trabalho, sendo nada para elas mesmas como consequência, homens que ainda acham possível o machismo e gente que ainda tira de algum lugar desculpas para si mesma para justificar preconceito e intolerância.

É de uma esquizofrenia tão grande que eu fico muito aliviada em saber que não vou durar mais 100 anos. Talvez nem mais 50. Ufa!




quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

The Graham Norton Show

E para começar os trabalhos prometidos ontem, vou falar do que eu acho que é o talk show mais legal da atualidade, comandado por um irlandês, na BBC de Londres.
Não fiz muita pesquisa sobre a trajetória de Graham, prefiro ficar só com o que ele me conta todas as semanas. Já sei que ele começou como ator, e só de pensar nisso posso dar umas risadinhas. O sujeito é hilário e imaginá-lo em qualquer papel é bem divertido.



Gay assumidíssimo, Graham não manera nos trejeitos, mas é muito suave ao mesmo tempo. Sabe rir de si mesmo e faz com que a gente ache quase tudo no programa muito engraçado. Mesmo sendo um programa de entrevistas.
Sobre isso, o formato do programa é essencial já que não separa os entrevistado em blocos, coloca todos eles juntos em um sofá vermelho enorme com seus respectivos drinks na mesinha em frente. Quem não quer beber, não bebe, mas geralmente apresentador e entrevistados estão ligeiramente alcoolizados, o que deixa todo mundo mais soltinho e a coisa toda ainda mais divertida. Graham mesmo nunca começa o programa sem sua taça de vinho branco.
A produção levanta as curiosidades mais engraçadas sobre os convidados o que gera conversas ótimas, e ficamos sabendo de causos que, provavelmente, nunca saberíamos por outro meio. Ingleses, irlandeses e escoceses têm outra relação com a televisão deles e não medem palavras por natureza. Palavrão no programa é bem comum, o que deixa os americanos (que não podem nada nas emissoras deles) super chocados. É ótimo.



Inclusive, não sei se é proposital, provavelmente seja, a mistura de convidados costuma ter um irlandês, ou escocês, um inglês e um americano. Apesar de todos falarem inglês, são maneiras muito distintas e ninguém entende ninguém gerando situações e confusões impagáveis.
O nível de convidados que ele recebe é de causar inveja em qualquer talk show host. Cameron Diaz e Rod Stuart numa noite, Tom Cruise, Emily Blunt, Charlize Theron e Seth Macfarlane na outra, só para dar uma ideia. Uma vez ele juntou o rapper Will.i.am e uma das atrizes inglesas mais inglesas da atualidade, Miriam Margolyes, que participou de Harry Potter, mas admite nunca ter ido aos EUA e não ter a menos vontade de ir. Essa entrevista foi uma das minhas favoritas.
Para encerrar essa fórmula mágica de diversão na certa, o último quadro do programa chama "cadeira vermelha". Nela, sentam-se pessoas da plateia para contar a "coisa mais incrível" que já lhes aconteceu. Só que Graham e seus convidados têm uma alavanca no palco que vira essa cadeira para trás, expulsando o proseador, caso eles achem a história sem graça.

Diversão garantida, todas as vezes.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Blog Bombril

Então, tenho que confessar que, algumas vezes, tentei produzir spin-offs desse blog para ter tudo separado e organizado (senão não seria eu... hehehehehe). Ia ser um só de críticas e resenhas, um de dicas e sugestões práticas para o dia-a-dia, e este mais "autoral", mas não deu muito certo.
Vai ser tudo uma coisa só mesmo. Caso você se depare daqui para a frente com críticas, resenhas, dicas e sugestões práticas para o dia-a-dia aqui mesmo, não se espante! Se o Google não quebrar e eliminar meu blog, este vai ficar como meu legado. Preparem-se.

Huá!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Se conselho fosse bom... (mas eu não vou cobrar esse)

É assim, todo mundo tem suas opiniões e julgamentos. Todo mundo acha um amigo meio chato, uma amiga mega feia, outra que acha que os filhos são liiindos (mas não são), um que é prepotente, outro preconceituoso e por aí vai. E eles são tudo isso mesmo, no SEU MUNDO.
Mas o mundo não é só seu e todo mundo vive nele. Então o segredo não é aquele livro mala que faz aparecer cachorro. O segredo é você só conviver com quem você gosta de verdade, usar o seu filtro sempre que possível, saber que filtro não é sinônimo de hipocrisia, largar a fofoca que você já é bem grandinho e parar de achar que você vai mudar alguém, que isso é prepotência.

Quando muito, faça o seu melhor. E de coração. Funciona que é uma beleza!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Consciência negra...

Esse negócio de Dia da Consciência Negra só serviu para me lembrar do bode que eu tenho com o mimimi do preconceito. Quando é mimimi, é claro. Existe preconceito e eu sei, e eu já disse isso.
Só que essa coisa de preconceito, aliada ao politicamente correto, ficou tão chata que eu tô querendo me mudar para Marte. Um amigo postou a foto da Beyonceline Dion, como tá escrito lá, mais loira do que eu!
Mas eu que sou loira natural, não posso achar isso uó. É preconceito.
Ela, por outro lado, tem todo o direito de dizer que eu sou "branca demais para isso" caso eu tente imitar qualquer trejeito "negro". Da última vez que eu chequei gente era tudo gente, mas beleza.
O branco que se encanta com a cultura negra e tenta "imitar" é taxado de ridículo, ou é tão especial que "ganha o direito" de usar a alcunha "de alma negra". E com todo o orgulho, viu?

Sem falar nos outros tipos de preconceito. Outro dia outra postagem me tirou do sério, mas eu prometi para mim mesma que não ia mais iniciar essas discussões no Facebook. Não vale a pena.
A postagem era sobre como um estudante pobre de colégio público do nordeste teve a nota mais alta do Enem. O problema foi o tom da postagem, tipo "chupa direita!", ou seja lá o que esse povo tá achando ruim agora.
E se o garoto fosse pobre, de escola pública, mas loiro de olho azul do interior do Rio Grande do Sul? Aí não é conquista. Aí não é prova de nada. Aí não vale nota. E eu achando que era só mais um menino inteligente.
Só que se for para provar que o preconceito está aí a todo vapor, a notícia faz exatamente o efeito contrário. O preconceito é achar que vale ser notícia um menino inteligente que tira a maior nota do país, só porque ele é nordestino.
Né não?

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O Iluminado

Esses dias me deu uma vontade de rever a adaptação do Iluminado do Stephen King, que ele produziu em 1997, e eu encontrei para ver online aqui. Quando foi transmitido, foi em formato de minissérie, são três episódios de 1h30, mais ou menos, então é bem longo. A gente alugava em VHS e sentava para assistir de uma vez mais de 4 horas de Iluminado!!!
Mas é porque vale a pena. Sei bem do amor que uma galera tem pela versão do Kubrick, mas infelizmente ela é péssima no que diz respeito à adaptação do livro. Sem contar que "O Iluminado" é sobre um menino extremamente sensitivo e os problemas com o pai alcoólatra. Em resumo, é isso. Todo o terror vem dessa combinação num lugar "assombrado" que é o Hotel Overlook.
Na versão do Kubrick o problema de Jack com a bebida passa quase despercebido e muito da história é distorcido para criar um filme de terror no sentido tradicional. Já a versão de 1997 nos envolve no suspense e me dá pesadelos toda vez que eu assisto. Acho que se você não viu, vale muito a pena. (Para quem não fala inglês, tem o filme completo no youtube dublado).

King é muito visual na maneira como escreve, e quando é bem adaptado para o cinema, o resultado é quase sempre bem interessante. Dois outros exemplos são "Um Sonho de Liberdade", mesmo com Morgan Freeman como o ruivo (?!?!) Red, e "À Espera de um Milagre", um filme lindo e muitíssimo fiel ao espírito da obra escrita. Aliás, eu acho Stephen King ótimo como autor de terror e suspense. Mas acho ele brilhante quando escreve fora do gênero.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O caso do fio puxado

Hoje estragaram uma peça na minha loja enquanto provavam. Eu só vendo fio e tricot então é tudo muito delicado, pode enroscar em várias coisas...
A mulher entrou e pegou uma daquelas peças beeem transparentes, ou seja, bem delicadas, e pediu para provar. Só que ela provou com a cortina aberta e eu vi ela enfiar na cabeça de qualquer jeito e a blusa enroscar na corrente dela, ficando presa. Ela simplesmente puxou, abriu um buraco na blusa.
"Ah é delicadinha, né?"
Mas não falou nada sobre o estrago. E eu vendo tudo.
Aí tirou, embolou, já começou a desconversar, eu peguei de volta e disse, "puxou um fio aqui, deixa eu ver se consigo dar um jeito"
Então ela me diz "puxou? ainda bem que você viu, eu nem vi", já juntando as coisas dela para ir embora. Saiu com tanta pressa que ia deixando uma jaqueta em cima da minha mesa, eu que chamei de volta e entreguei.

Algo assim ia acontecer cedo ou tarde, eu tinha ciência disso. Até eu puxo o fio das peças de vez em quando. Mas a questão é a cara de pau de achar que está me enganado para não assumir a responsabilidade por um ato. E se fosse uma pessoa que ela atropelou? Ah, mas isso nem se compara.

Na minha concepção, é caráter, é a mesma coisa. Lesar o lojista pode, mas lesar o corpo de alguém não? Qual é a medida? Para mim, quem faz um, faz o outro.
Só que nesse país, do "jeitinho", a gente aprende que a malandragem é traço característico, e tem quem acredite, até charmoso. Se aprende a ser meio "liso" desde cedo.

O resultado tá aí. O país da impunidade. O país onde ninguém quer responsabilidade. O país onde todo mundo acha que pode "se safar".

Inclusive do fio puxado no provador...


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

E a gente? Não ganha?

Ando meio tensa com a quantidade de entreveros "político-sociais" que estão rolando no Facebook, e mega, super, über cansada de diversos mimimis...
O fenômeno essa semana é a inversão térmica. Defensores de Aécio, quando da ocasião, estão soltando impropérios contra a reeleita cidadã e os petezetes resolveram "dar um tempo". Tá bom, todo mundo tem direito a um descanso, né?

Mas e a gente que não tá nem aí para o que todos vocês pensam sobre a política do país? Também não ganha um descanso?

Vamos falar de hohoho que tá chegando, criançada!

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Não recomendo: arquitetas

Fui atrás das arquitetas que projetaram a decoração do meu apartamento porque eu já as conhecia de uma entrevista que fiz com elas para a revista onde eu trabalhava. Elas tinham feito um ambiente para a Morar Mais por Menos, uma mostra de decoração, e eu tinha gostado de algumas soluções.

Meu pai tinha acabado de falecer e eu não tinha condições de pensar em nada sozinha, precisava de ajuda. Durante os acertos, foi tudo muito lindo, divertido e regado a café e cigarro (eu ainda fumava na época). Quase todos os encontros foram na loja de uma das arquitetas, e como eu não estava trabalhando, era tranquilo para mim.

Me foi dito que todo fornecedor indicado por elas que eu escolhesse, teria o acompanhamento e administração delas. E a maior fatia do meu orçamento (50 mil reais) eu resolvi fazer com o marceneiro que elas indicaram. Ninguém acompanhou nada, foram muito poucas as visitas delas no meu endereço e eu tive que ficar com o pessoal da marcenaria e resolver as coisas com eles praticamente sozinha.

Qualquer ajuste ou reclamação levavam dias e muitas ligações da minha parte para ser atendida. Me disseram que a cortina, por exemplo, seria medida novamente após uma semana de instalada, para ser ajustada. Nunca voltaram na minha casa. Eu também não fui atrás, na época, mas não era minha obrigação. O cortineiro também foi indicado pelas arquitetas.

Hoje já fazem quase dois anos e há poucos meses liguei para reclamar que, em um ano, minhas dobradiças do banheiro começaram a esfarelar de ferrugem. Nunca vi isso na minha vida! Na verdade, tentei um milhão de contatos e levei mais de um mês para ser atendida por uma delas, quando fiz a reclamação. Claro que eu ouvi todo o blablabla de garantia vencida e etc. Sei de tudo isso, não sou nenhuma idiota.

A questão é que me senti desamparada. Depois de todo o dengo da fase do "namoro", a pessoa conseguiu o que queria, eu paguei o que foi pedido nas datas combinadas, e lavou as mãos. Dane-se minhas dobradiças enferrujadas, não é mais problema delas. Aliás todas as ferragens que foram instaladas no meu apartamento inteiro estão se deteriorando. Não quero nem pensar no problema que eu vou ter.

Me disseram que iam mandar uma pessoa. Me disseram isso há meses. A pessoa nunca apareceu. Meu último e-mail nunca foi respondido. E é assim que se faz negócio, minha gente.

As arquitetas em questão são Luciana Cavalli (CREA PR 113921/D) e Iara Cunha Pereira (PR 61936-D). E se alguém me perguntar, eu não recomendo.


Dieta? Opa!

Falei outro dia sobre comida, mas não falei o que penso sobre uma boa reeducação alimentar. Aí hoje postaram uma daquelas mensagens engraçadinhas que dizia: "não confio em gente que faz dieta. Se é capaz disso é capaz de coisa muito pior". E comecei a pensar nos desserviços que fazemos a nós mesmas. Sim, mesmas, porque homem não está nem aí para essas coisas.
Depois do advento das cirurgias de estômago, todas as versões, a relação das mulheres com o regime (como a gente chamava antigamente) mudou muito. De um lado temos a turma saúde, saúde, saúde, mas que muitas vezes não pratica o que prega e, ou exagera, ou inclui química na composição. Do outro lado o pessoal do resultado rápido e fácil. Remédio ou cirurgia, porque regime não é possível, demora muito e eu não tenho tempo de malhar ou comer direito. Essa é a mesma turma que, antigamente, tomava anfetamina ou passava um mês comendo abacaxi. Hoje é bariátrica e Dukan.

E eu me vejo numa dificuldade imensa em convencer qualquer uma, e é qualquer uma mesmo, em qualquer nível de "tô gorda", de que é possível sim comer super bem, sem passar fome, ficar bem e emagrecer. Tenho uma amiga que sempre diz "não dá para comer doce nenhum e emagrecer!". Dá. Só que é um pedaço do chocolate. Uma vez na semana. Não uma caixa todo dia, percebe?

O que eu sempre digo é que o "sofrimento" dura três meses, se tanto. Qualquer uma que suportar os primeiros três meses, reorganiza o corpo e acostuma. Quando eu me ajeitei a primeira vez eu comia, facilmente, mais de 3000 calorias de porcaria todo dia. Porcaria nível McDonalds, que eu já não como há mais de 15 anos.
Não tive acompanhamento médico, mas o que eu fiz foi sair disso para pratos de salada com salmão, de repente. Foi complexo. Meu cabelo caía, eu esquecia as coisas e vivia com fome. Mas foi o choque que meu corpo precisava porque até então meu metabolismo era uma lesma, manca e empacada. A partir daí, tudo foi melhorando devagar, eu perdi 20 quilos em um ano e fiquei ótima. Até hoje, a hora que eu resolvo emagrecer é só voltar a comer direito, acontece naturalmente.

Lindo? Fácil? Milagre? Não. Mudança de atitude. Assumir a responsabilidade pela sua gula e esganação e pelo seu próprio peso. Pela auto indulgência (hoje pode). Pelos quilos que já aparecem na balança depois daquela festa de criança (precisa comer todos os salgados e doces? Então assume que matou as vontades e corre atrás do prejuízo). Pela clássica preguiça. Eu não faço comida em casa para trazer pro trabalho, nunca fiz. Mas quando eu comecei a comer bem era bem mais difícil achar opções na rua. Hoje tá bolinho... ;).

Ajuda muito se livrar ao máximo da comida industrializada. Cada uma dessas que eu corto, é mais uma que não consigo mais comer. O sinal é a azia, e aquela digestão travada. Comida pronta congelada, miojo, qualquer coisa de saquinho, molho pronto, tempero pronto, até suco de caixa não rola mais. Massas brancas, são pesadas, as integrais descem bem melhor. Fermento novo. sabe pão quente? É uma delícia, mas um veneno pro estômago. Infelizmente, o pão de ontem reaquecido é muito mais leve. Até a pizza que eu peço hoje é com massa fina e bem passada. Fica crocantinha. Tem gente que não gosta, mas se você provar, vai ver que é a pizza mais leve que você comeu na vida, e ao invés de dois pedaços de massa pura, vai conseguir comer três de puro recheio. Melhor, vai?

Eu gosto muito de vinho e como de tudo, e quem me conhece sabe que passo mais tempo acima do peso do que abaixo. Mas a principal coisa que eu aprendi quando comecei a comer direito é que é minha responsabilidade. Eu que aboli as desculpas e tomei controle de mim. Há quem tenha problemas médicos, ou psicológicos. Procure ajuda e elimine esses problemas. Passar a vida reclamando que não emagrece porque meu metabolismo é diferente, sem nunca ter ido ao médico também é papinho.

E eu encerro com uma frase que eu digo para todo mundo (e ninguém acredita também). Dieta que presta é aquela que você consegue seguir a vida toda. Sua dieta. Seu modo de comer. Sempre.
Se você come mal, essa é a SUA dieta.






terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sobre o trânsito de Curitiba

A pessoa veio de São Paulo. Da capital, São Paulo. Então não se ofendam (muito), curitibanos e afins nas ruas dessa cidade que eu tanto amo.

1. Aqui não tem trânsito.
2. Quando o carro anda, mesmo que devagar, não é trânsito.
3. Se você nunca teve uma crise de desespero depois de 3 horas para rodar um percurso de 20 minutos, você não sabe o que é trânsito.
4. Se sua cidade não alaga cada vez que chove, você não sabe o que é trânsito.
5. Se você não sente falta de ter água, comida, música E um carregador de celular no carro, você não sabe o que é trânsito.

Isto posto.

6. Aqui o sujeito para o carro, depois começa a curva, depois dá seta. Qualquer curva!
7. Aqui todo mundo abre e invade a pista do lado para fazer QUALQUER curva. Mesmo que esteja dirigindo um daqueles sofás com volante.
8. Aqui não existe seta. O Coringa do Batman age em Curitiba e a piada preferida dele é desligar todas as setas antes de o carro sair da fábrica (só pode ser!!!).
9. Aqui o sujeito resolve que vai estacionar e começa a procurar vaga a dois por hora. Aí ele acha, para e DEPOIS dá seta. Se você buzinar ele fica doido de bravo!
10. Mas quando você vai estacionar, todo mundo buzina.
11. Aliás, aqui só se buzina para o nego que está estacionando e aquele que não saiu imediatamente depois que o sinal abriu.
12. Fechar o cruzamento pode. Inclusive o curitibano desvia do fdp que tá fechando o cruzamento sem nem fazer cara feia (?!?!?!?!).
13. Aqui placa de PARE é puramente decorativa.
14. O semáforo é decorativo também em várias ocasiões.
15. Aqui "preferencial" deve ser o apelido para "rua que eu tenho que entrar correndo", porque de preferencial não tem nada. O povo sai das ruazinhas enfiando o carro mesmo e seja o que deus quiser!!!


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Comida inútil!

Hoje fui experimentar um restaurante novo. Coxa e sobrecoxa de frango assado com purê de batatas, cenoura e vagem cozidas. Parece muito leve e saudável, não parece?
Enquanto eu comia aquela quantidade enorme de comida, afinal empratado tem que satisfazer todo mundo, fiquei pensando o quão inútil aquela refeição seria para o meu corpo. Não que fosse uma combinação ruim, podia ser bem pior, um prato cheio de fritura e coisas industrializadas, mas cheguei a um ponto da minha dieta que metade proteína, metade carboidrato já não me satisfaz. E olha que vou ficar cheia por horas!!! Empratado é a pior opção para mulheres que estão aprendendo a comer pouco.

Aqui, um parênteses: não estou pregando nenhum tipo de regime, nem virei guru da saúde, longe de mim. Até pouco tempo atrás eu fumava que nem uma chaminé, eu adoro uma birita e fazer exercício para mim é sentença, nem necessidade é mais. O que estou escrevendo é uma experiência pessoal. (Ah, e eu continuo gordinha, não se iluda).

Aprendi que, quanto mais "femininas" as porções, mais o organismo se ajusta a comer pouco. Voltei a comer em restaurantes por quilo e eu não podia estar mais feliz! Meu prato é 1/3 fruta, 1/3 salada e 1/3 carboidrato + proteína. Todo dia. Quanto mais eu como assim, mais me parece maluquice comer meio quilo de batata com frango.
E o restaurante por quilo ainda dá uma gelatina de cortesia. "Mas gelatina não é sobremesa!". Não é. Mas tem aquele colágeno maravilhoso que faz um bem danado para a pele e se você é como eu e tem preguiça de ter gelatina em casa todo dia, é uma mão na roda, vai.
Aliás, para quem consegue se controlar, o buffet é incrível porque você tem uma variedade enorme, coisa bem difícil de conseguir em casa. E pode comer coisinhas diferentes todos os dias sem se preocupar em organizar o menu da semana, ou com a verdura estragando na geladeira.
Meu pai sempre falava para olhar para as opções de comida, excluir a gula simples e ver o que "apetece". Normalmente é isso que o corpo precisa. Tive uma longa fase de não comer feijão, porque eu tinha enjoado. Mas era só eu entrar na TPM que dava uma vontade incontrolável de feijão. Eu ia perder muito sangue na menstruação e o corpo já estava pedindo o ferro. Que tal?
Eu disse lá em cima que continuo gordinha, e continuo mesmo. Mas voltar a ter uma rotina de alimentação já está me emagrecendo, aos poucos, bem devagarinho. O que é ótimo, porque aí é mais fácil de manter. Pequenas quantidades, de coisas saudáveis, o tempo todo, dá uma sensação de que você não para de comer nunca e ainda emagrece! Não é perfeito? Já o frango com purê tá me matando de sono nesse momento, e eu só vou sentir fome de novo no natal!!!

Quando meu calo aperta, tomo remédio sim, com o acompanhamento da médica. Mas quase sempre percebo que o efeito é muito mais psicológico que físico e largo logo. Desta vez, usei a sibutramina por dois meses. Mas já parei. E continuo emagrecendo. Sempre tive pavor de dietas radicais, nunca fiz nenhuma. E essa Dukan já me deu nos bagos. Só funciona porque retira todo açúcar e gordura da dieta de uma vez. Aí, qualquer um emagrece. Só que sobrecarrega o organismo de tantas formas que eu nem vou falar nada. E 90% das pessoas que fazem a dieta ainda fazem errado. Pega o treco ruim e piora. Acho maluquice...

O resultado da minha "dieta" é que todos os meus índices sempre estão ok (colesterol, açúcar, gordura etc), e meu emagrecimento é lento e constante. Toda vez que eu engordo é porque eu exagerei no que não devia, e a palavra é exagerar mesmo porque eu não passo vontade, a diferença é que minhas vontades não incluem mega doces, fast food, fritura ou tranqueira industrializada há mais de 10 anos. Meu barato é um chocolate amargo, um pedaço de bolo de frutas, sorvete de morango, limão, maracujá, qualquer coisa que tenha banana ou café. Mas eu não consigo comer uma colher inteira de nutella nem que eu queira muito. Não porque é ruim, mas meu corpo não aguenta mais tanto açúcar de uma vez só. E bombom da caixa de variedades da Nestlé então? Dói o dente na primeira mordida que eu dou e arde a garganta. Isso é açúcar, minha gente!

Outra coisa complexa é comer à noite. Comer de verdade à noite e ir dormir é um veneno para o corpo. Antes dos 20 anos eu passei por duas cirurgias e os remédios me deixaram com gastrite. Meu estômago estragou para sempre e eu nunca ajudei muito. Com o cigarro e bebida, eu cultivei um refluxo de estimação que eu tenho até hoje. Comer legal ajuda muito, mas comer à noite é fatal para mim. Mais por conta do estômago do que medo de engordar eu como pouco à noite e paro muito antes de ir deitar. Todo mundo que não tem o hábito do café da manhã (que é mega importante) devia tentar. Você dorme melhor e acorda comendo canto de parede! Aí não tem jeito, tem que tomar o desjejum (porque se eu escrever tomar café muita gente vai achar que é o cafezinho preto. Né não! Tô falando de comer de verdade!).

As recomendações para consumo de frutas e verduras por dia são meio insanas, mas muita coisa pode ajudar. Bate um suco verde e pimba! No meu já tem duas frutas (limão e maçã), uma verdura (couve) e gengibre que é bom para tudo (e suco verde não emagrece não, eu tomo porque a couve ajuda com o estômago). Aí eu como uma banana. Aí no almoço são mais uns três ou quatro tipos de frutas, três ou quatro de verduras e legumes e já tá muito acima do que eu conseguia quando tava comendo em casa todo dia. Só coisa boa... Só comidinha útil!

Porque passar um dia inteiro sem uma fruta, uma folha ou um leguminho é um tremendo desserviço para o organismo. Mas confiar toda sua "nutrição" no pratinho de alface com tomate que vem antes do meio quilo de frango com batata também não pode. Aquilo só serve para matar a sede, e olhe lá.




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Tem um sapato me perseguindo!!!

Desde o começo do GPS (que aqui em casa é menina e a gente chama carinhosamente de Genoveva Pereira da Silva), que eu tenho vários medinhos desse monte de aparelhino que sabe onde eu estou o tempo todo. Eu não faço check-in em coisa nenhuma, só ligo minha Genoveva se eu precisar mesmo e não "libero" minha localização para nenhum aplicativo ou página.
Ainda assim, comprei uma passagem de avião para a minha tia outro dia e pasme! Duas horas antes do check-in no aeroporto o meu celular mandou eu sair de casa!!! Não pediu. Nem sugeriu. Abri o danado e lá estava: "saia pro aeroporto agora, possibilidade de trânsito...". o_O
Tudo bem. Só no meu celular ainda vai. Ele é pior que mãe, toda hora que eu abro ele está me mandando voltar para casa, está lá: "tempo até a casa...". Quem disse que eu vou voltar para casa agora? Cuida da sua vida, ô! (Isso aí é complô com Genoveva, tenho certeza!). Mas ainda assim é meu celular privado da minha pessoa. E cada um que se vire com seu dumbphone, certo?

Porém, o que me aborrece mesmo, é essa perseguição hollywoodiana aplicada ao marketing. Já falei que odeio marketing? Tenho que usar, agora mais que nunca com a loja. Mas fiz quatro anos de jornalismo para não ter que fazer propaganda de coisa nenhuma, esse é o tanto que eu odeio marketing.

Fui pesquisar modelo de sapato. A internet é bem ótima nesse sentido, uma mega vitrine, com um milhão de opções, ao alcance do dedinho. E nem precisa comprar nada, só "monitor shopping" (tipo window shopping, mas no computador) é maior legal também. Fui lá, fiquei hooooras vendo sapato de tudo quanto é jeito, e até comprei um par. Pronto. I'm done.

Você que pensa, minha filha! O sapato que você não comprou vai pipocar na tela do seu computador em links patrocinados por seis meses!!! Ok, eu já entendi porque não comprei esse, não precisa me mostrar o tempo todo, certo? No meu caso é uma coisa azul mosca varejeira que está me assombrando desde segunda-feira e não parece ter a intenção de ir-se.
E o sapato que você comprou então? Esse nunca mais sai do seu Facebook. Todas as outras cinco cores que você não comprou. Em todos os ângulos possíveis. Você vai enjoar antes de receber o danado e começar a usar. Vai chegar e você já vai doar para alguém. "Não aguento mais olhar para cara desse sapato!".

Eu já não comprei? Porque ficar me assoberbando com propaganda do negócio que eu já comprei?!?!?! Já falei que eu odeio marketing?
Isso quando é a sua pesquisa que volta para te morder a bunda. Meu noivo estava pesquisando modelos de papel de parede no meu computador e agora o MKT Manager do Google do caceta acha que eu tô interessada em papel de parede. Só se for para eu comprar um rolo, enrolar meu sapato novo e tacar ele na cabeça de alguém.

Arre!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Curto e grosso...

Achei que os gritos de "tragam os militares de volta" e "estamos vivendo a ditadura" era licença poética... Por isso não entendi todos os posts de repúdio e reprimenda.

Tem alguém falando sério mesmo?

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Tic tac

Se eu fosse herói de história em quadrinhos meu arqui-inimigo ia chamar Tempus, ou qualquer coisa assim, e seria o tempo encarnado num vilão. É impressionante como eu sou capaz de lidar com relativa tranquilidade com todos os outros aspectos de se estar vivo (salvo a própria morte, essa é foda), mas não consigo lidar com a fragilidade do tempo. Ou a sua característica mais sacana que é a de ser flexível.
Quando estamos ocupados falta. Sem nada para fazer sobra de monte. Tem piada cósmica mais cruel? E o pior é que de cósmica não tem nada, é tudo social. Essa é uma das minhas teorias há muito tempo já (huá!). Quase tudo que comanda nossos dias é social. E nisso, muita gente discorda de mim. Fique à vontade.
Amor de mãe é social, (agora as mães todas sentiram uma pontada no útero, outra no fundo do olho, normal...). Você pode amar seu filho mais que tudo no mundo, e eu acredito mesmo que você ame, mas não é porque o ser saiu de dentro de você. Isso é balela. Esse amor vocês construíram, não vem incluso. Foi a sociedade que inventou que mães tinham que amar seus filhos mais que a elas mesmas (aliás, tem conceito mais absurdo? De que serve para uma criança uma mãe que não se importa com ela mesma? Aí ninguém sabe porque muita gente tem um milhão de problemas de auto estima. Enfim...).
O amor romântico é fisiológico, mas só até certo ponto. Foi um jeito que a natureza encontrou para manter os machos humanos perto da cria. Passou daí, é tudo social. Aliás, o amor materno incondicional deve vir daí também. (Bingo!)
A fé também é social (agora os religiosos sentiram a pontada no peito, mais a do fundo do olho...). Não a sua fé. Ela é real para você, então é real. Mas o conceito todo de uma espiritualidade organizada em moldes financeiros é maluquice. Juntar energias parecidas num mesmo lugar para exercitar a espiritualidade faz todo sentido, e dá até um barato bom (mas show de rock também dá... hehehehehehe). Agora, a fé como indústria, por favor. Até o celibato dos padres católicos tem raízes financeiras. Portanto sociais. E acabaram criando um monte de monstros pedófilos por aí. Mas essa é outa história...
E finalmente chegamos ao tempo, mano véio. Não consigo dormir tudo que eu preciso do jeito que está. Gostaria de mais tempo livre para fazer coisas fora do trabalho. Preciso dar mais atenção ao meu noivo, meu gato, minhas plantas. Adoraria cozinhar todo dia, mas chego tão tarde em casa. Ah se eu tivesse mais 20 horas no meu dia! Por que não?

Porque não pode, o dia de todo mundo tem só 24 horas...

Ah! Entendi...

sábado, 1 de novembro de 2014

A culpa não é só da capa de revista

Hoje eu estava na manicure e meu horário de sábado bate com uns filmes infantis que a Globo passa de manhã, então eu acabo vendo um pedaço de alguma coisa toda semana, e comecei a pensar na estrutura de um filme para adolescentes, depois a de um videoclip e depois no entretenimento como um todo.
Tudo é absolutamente perfeito num filme infanto-juvenil. Os romances acontecem, ninguém sofre, ninguém tem pele ruim, e o filme de hoje chegou ao cúmulo de colocar como mãe e filhas duas moças que não deviam ter mais que cinco anos de diferença. Isso que é elenco "jovem".
Claro que existem as produções realistas, megarealistas, ultrarealistas e "uma bicuda na cara", mas não é a maioria e não é para todo mundo... O resultado é que esses filmes, clips e séries aparentemente "inocentes" estão moldando a visão que muita gente tem de mundo e contribuindo muito mais do que a gente imagina para a "escravidão da estética". Até a queridinha do country, Taylor Swift, já está posando de pseudo-gostosa.

Ou seja, a culpa nem de longe é só da capa de revista.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

À flor da pele

Todo mundo sabe que eu sou uma pessoa sensível (e para os que estão rindo, eu sou sim, tá? rs), mas ando com sei lá o quê à flor da pele! Tudo me emociona. Propaganda com pai e filha (aliás, vários tipode de propaganda), música com mais de três anos de idade, qualquer bicho ou criança judiada no Facebook (esses são os piores, tô tendo que bloquear um monte de coisas...) e até coisas que eu mesma escrevo andam marejando meus olhos de quando em quando.
Deve ser hormônio já que toda hora eu troco os meus, mas tô meio sacuda.

Queria tanto não dar bola para nada só por um tempinho...

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

PT e seus ptzetes (arre égua!)

E eu tava na minha, né? Tava bem quietinha, salvo um ou outro escorregão, eu não estava me "envolvendo" na politicagem facebookiesca porque, apesar de não ter votado na Dilma, estava numa posição de respeito a todas as opiniões. Mas até o filho do Buda uma hora há de perder a paciência, e eu perdi a minha. E cheguei a uma conclusão:não há nada mais chato que o petista médio atual!!!

Tava tudo bem até domingo. Afinal, nada estava decidido ainda e era mesmo papel de todo mundo tentar convencer mais pessoas a ir para o "seu lado". Chatos por chatos, tava todo mundo chato igual, e é isso aí mesmo.
Aí veio a segunda-feira e, claro, a repercussão. Normal também. Foi farpa para todo lado e, entre mortos e feridos salvaram-se todos, menos algumas amizades. Mas cada um cuida da própria vida e decide o que quer, certo?
Hoje é quinta-feira e absurdamente os petistas continuam tentando "convencer" outras pessoas da "legitimidade" da sua vitória e, se não é isso, são simplesmente péssimos ganhadores, o que é pior ainda.



Passaram os últimos dias apontando dedos para todos os lados com acusações de racismo, xenofobia, reacionarismo, entre outros bichos, mas foram totalmente capazes de usar da forma mais indevida a imagem de uma jovem que chorava a derrota de seu candidato com um texto que é puro preconceito.



A imagem original é de uma matéria da Folha de São Paulo e eu se fosse essa moça saía processando todo mundo. Quer dizer que xenofobia não pode, mas filha da putagem pura pode? E os petistas estão achando engraçado? Uso indevido da imagem de alguém também é crime, sabiam?

Tem isso. E tem uma outra "pérola" que pipoca em página de petista toda hora:



Além de chatos estão assinando atestado de ignorância, que me perdoem os meus amigos que andaram espalhando isso aqui. Uma matemática que só serve ao que eles querem "provar" e, portanto, não serve para nada. Maioria, é mais da metade, não importa o número total, sacou? Se é mais da metade (50%) é maioria, se é menos da metade (50%), não é. Numa população de 3, 2 são maioria, 1 não é. Avaliem a imagem novamente e tirem suas próprias conclusões.

Em resumo: se o intuito dessa horda de maus ganhadores era convencer alguém de alguma coisa, foram muito bem sucedidos. Me convenceram de que eu preciso rever a minha atitude "todo mundo tem um pouco de razão" e talvez me posicionar um pouco melhor. Para muito longe do PT e seus ptzetes!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Nuances da vida

Trombei com esse artigo da Elle americana (http://www.elle.com/life-love/sex-relationships/girl-problem) e achei uma das coisas mais lindas que eu li em muito tempo. O rapaz conta a história de como ele, um rapaz gay, se apaixonou por uma mulher e o que aconteceu.
O bonito é perceber que, bem longe dos estereótipos e maniqueísmos, seres humanos podem amar outros seres humanos além (ou aquém) de sua sexualidade. O coração queria muito, o pênis não acompanhou, infelizmente, afinal, ele é um rapaz gay.
O casal continua muito amigo, ele é padrinho do filho dela e tudo terminou bem, já que o amor nunca acabou (desnecessário dizer que ela também se apaixonou perdidamente por ele, né?).
Bonito é ver que não tem mágoa nem amargura na narrativa dele. Nenhum cisco de "eu queria tanto, ia ser tão mais fácil para mim!", no discurso. Porque não seria. Um homem gay nasce gay e provavelmente vai morrer gay já que em nenhum momento foi uma escolha.
A escolha está em como viver. O que aconteceu entre ele e a amiga foi amor de verdade, ele não estava fazendo nenhuma experiência. Foi aquele amor que temos por um monte de gente com a qual jamais conseguiríamos ir para a cama. Meninas, sabe aquela amiga que você adora, acha o máximo, linda, inteligente e gostosa? Então, se você fosse homem, ou gay, você não "pegava"? Mas você não é... Foi o que aconteceu com ele.
Bonito também é ver como tem gente que vive num mundo tão à frente do nosso que o discurso se torna livre de ranço. Ele é um rapaz gay. E só está contando uma história.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

48 horas depois...

Parece que faz uma eternidade que recebemos o resultado da eleição. Eu que fico o dia inteiro no Facebook agora, por conta da minha loja, estou tendo a oportunidade de acompanhar algumas nuances que eu não tinha percebido antes.
Como na rede tudo é muito instantâneo, 48 horas já foram quase suficientes para fazer o povo ir "mudando de assunto". Ontem de manhã era a alegria da vitória x a tristeza da derrota. Ontem à tarde já começou a rolar um "a culpa é deste e daquele", que rapidamente descambou para discursos de ódio.
Hoje, só os desavisados ainda estão falando disso. Ou retornam posts de ontem, com a continuação da "discussão". Os ânimos já estão mais calmos e a assassina que casou com a ex da outra assassina na prisão é quase o trend topic do dia. E ainda são só 19h!

O que significa que não vale mesmo a pena se aborrecer com nada que "toma conta" do Facebook. Vai sumir beeeem mais rápido que gripe.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

E agora?

E aí temos. Como eu afirmei bastante durante as "campanhas" pouco entendo de política, mesmo. Então agora me resta esperar que todas as pessoas que estão bem felizes com o resultado saibam bem mais que eu, estejam certas e as coisas melhorem.
Apesar de eu ainda achar que o paternalismo petista é um paliativo que serve dois propósitos sendo o principal deles assegurar os votos na próxima eleição. Mas posso estar equivocada, não?
Bonito ia ser ver o povo que se diz indignado fazer mais do que encher a minha linha do tempo do Facebook com impropérios, afirmações preconceituosas e falácia. Se voltar todo mundo para a rua buscar o que acredita ser de direito (direito, não direita), talvez eu comece a acreditar que esse país tem futuro de verdade.

sábado, 25 de outubro de 2014

A namorada e o fone de ouvido

Aí eu estava andando na rua, bem no centro de Curitiba, e eu ouço uma voz de menino conversando com uma voz de menina. Em determinado momento, e ainda atrás de mim, então eu não tinha visto o casal, ele exclama: "agora tá tocando Tupac!".
Eu, que não tava ouvindo música nenhuma, pensei: "tocando aonde?". Aí eles passaram por mim. De mãos dadas, e ele com um imenso MP3 Player, daqueles em formato de fone de ouvido.
A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi que se eu fosse ela eu ia proibir terminantemente andar comigo por aí com um fone ligado nos ouvidos, mesmo que o sujeito seja tão talentoso que consiga até conversar ao mesmo tempo. Não vou nem chegar à falta de romantismo que eu nem sei mais se essa molecada sabe o que é isso, mas e a falta de educação?

Já tem algum tempo que eu reclamo disso e alguns amigos já começam a se manifestar da mesma forma. Acho de uma falta de modos esse negócio de estar ligado a um aparelhinho, qualquer um, enquanto interage (ou finge que interage) com outro ser humano. Já rolaram algumas brigas, mas não pretendo mudar de ideia nem de postura. Quer passar algum tempo comigo? Desgruda dessa merda! (pardon my french... heheheheh)
Eu sou provavelmente da última geração que conviveu com os outros sem a central de entretenimento no bolso o tempo todo. Meu pai, 23 anos mais velho que eu, não deixava eu conversar com ele de óculos escuros! "Não dá para ver seus olhos, é falta de educação". E ele estava muito certo.
Cansei de tentar ter conversas com zumbis que ficam só dizendo "ahã, ahã" e nem sabem o que você falou. Era que nem quando a gente ligava na casa das pessoas e conseguia perceber que elas estavam tentando assistir TV enquanto falavam com você. Não era irritante? O celular é a mesma coisa.
A necessidade, de responder mensagem, abrir o presente do joguinho, ler e-mail, enviar torpedo, checar o facebook, é fabricada. Essas coisas não existiam antes, garanto que você vive sem elas. O que está acontecendo é que as pessoas estão perdendo momentos "presenciais" poderosos com amigos e família, para "dar atenção" a amigos e família. A esquizofrenia é de matar!
É que nem disse o comediante: "aquele monte de pais assistindo apresentação dos filhos e ninguém vê os filhos porque está todo mundo atrás do celular gravando o vídeo para não perder o momento". Mas a experiência de ver ao vivo já se perdeu.

Todo mundo pode ser muito importante para você, mas não dar atenção a quem está bem na sua frente é só uma versão moderna daquela viúva que está mais preocupada em lembrar do marido morto do que cuidar dos filhos vivos. Louco e completamente inútil, não acha? O morto tá morto e nem vai ficar sabendo da atenção toda que está recebendo, assim como o cara do outro lado do seu celular tem que entender que você podia estar ocupado naquele momento e esperar pela sua resposta. E se não puder a culpa é sua, você acostumou mal. (Rs.)

Do meu lado, namorado nenhum nunca vai andar de fone de ouvido ligado. Só se for para me oferecer uma "orelha" e a gente ouvir uma musiquinha bem romântica. Juntos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

E os haitianos?

Novo assunto top nos Facebooks curitibanos, a imigração haitiana para a cidade está dividindo opiniões e mostrando um lado feio e racista de seus moradores. Sinto dizer que este lado sempre esteve lá.
Não sou curitibana, sou nascida e criada na capital de São Paulo, a maior babel da América Latina. Escolhi Curitiba para viver porque gosto de muita coisa por aqui e, em seis anos que vivo nessa cidade, fiz bons amigos nativos.
Mas antes de vir para cá, toda vez que eu anunciava a mudança, as pessoas se mostravam receosas de que eu não pudesse ser bem recebida. Meu pai ainda era vivo e sempre retrucava "ela é polaca Mikowski, não vai ter esse problema". Não é muito louco? O lado polonês da minha família é da capital paranaense, mas morávamos todos em São Paulo há muitos anos. Mesmo assim, tanto meu pai como minha avó eram bem familiarizados com o "clima curitibano".
Curitiba ainda é muito provinciana, em vários sentidos. Não foi difícil a adaptação à rotina para mim por diversos motivos, me lembra muito São Paulo quando eu era criança. Hábitos e costumes de cidade pequena para média, que já não é nem uma coisa nem outra. Mas para quem vem de fora, é a aceitação pelas pessoas que demora a acontecer.
Uma amiga minha daqui gosta de fazer uma brincadeira que tem muito mais do que um fundo de verdade. Ela diz que para cada amigo novo, tem que eliminar um antigo. "Só tem espaço para cinco amigos por vez", ela ironiza. Foi uma das coisas mais verdadeiras que um curitibano me disse nestes quase sete anos que estou aqui.
E estou falando de pessoas iguais, sou tão parecida com essa amiga que viviam nos perguntando se éramos irmãs. Pretérito, que eu já fui substituída no clube dos cinco... Rs.
É cultural ao curitibano não aceitar o que vem de fora, mesmo quando o estranho é igualzinho a ele. Imagina o estranho diferente?

Não é um fenômeno bonito. Pode descambar rapidinho para variações do nazismo porque se você der uma olhada em alguns argumentos, só falta mesmo a "superioridade branca", os outros indícios estão todos lá. Dizer que a cidade vai deixar de funcionar direito ou ficar suja e desorganizada por causa dos imigrantes é pura ignorância. Se ensina pelo exemplo e todo mundo é capaz de aprender. Até porque, se a pessoa se sente bem recebida tem orgulho do lugar que mora e vai fazer de tudo para mantê-lo no seu melhor. Que tal?

Falei sobre preconceito cruzado em outro post e continuo pensando do mesmo jeito. Não sou racista e fico danada quando vêem uma em mim só porque eu sou loira e desbocada. Mas se os haitianos ou qualquer outro povo que venha parar por aqui se sentir um pouco - ou muito - incomodado, infelizmente desta vez eles vão ter razão.

Falta "quem manda aqui sou eu"...

Então, como eu disse ontem, a coisa do banheiro vai render um baita pano para a manga.
Agora foi uma criança daquelas que fala tudo meio chorando, meio resmungando. Tenho horror a esse tipo de criança. Me deu uma vontade de perguntar para a menina o que tava doendo... A mãe dela ia me socar no banheiro... hahahahaha. Isso que a criança devia ter quatro para cinco anos. Mas eu quase não me controlo.

Brincadeiras à parte, isso para mim é uma grandessíssima falta de "quem manda aqui sou eu". Com os tempos modernos pais foram proibidos de bater, xingar, abusar física ou moralmente de seus filhos. Até aí tudo certo, certíssimo. Mas também esqueceram no processo a relação de autoridade com a qual toda criança precisa aprender a lidar. No meu tempo resmungo era respondido da seguinte forma: "se não parar com a manha vou te dar motivo de verdade para chorar". E a gente engolia a birra.

O Castelo Rá Tchim Bum ensinou que "porque sim não é resposta", que pode ser facilmente distorcido em "porque não não é resposta" e aí começa a negociação. Acabou o "vai ser assim porque eu estou mandando", que tanto eu ouvi quando era criança. Ajuda a lidar com algumas frustrações da vida adulta também, sabe?

Aí a gente vê gerações inteiras de jovens que querem começar a carreira na presidência, que não aceitam hierarquia e que acham que a visão de mundo deles é a única que presta. Porque são todos pequenos gênios que já nasceram com o computador e o playstation no quarto e merecem ser respeitados. Mereciam eram as palmadas que não se pode mais dar em criança!

Ainda não tenho filhos e sei o que a maioria das mães pensa: "espera ser o seu, aí você vai ver..." Ouvi uma dessas ontem mesmo e sei que muita coisa vai mudar na minha vida se isso um dia acontecer. Mas não tem desculpa para criança birrenta e mimada. É falta de educação mesmo e culpa única e exclusiva dos pais. Educação, boas maneiras, se ensina em casa.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Banheiro público

Gente, é surreal a experiência diária do banheiro público. Não aquele da firma, que você só divide com as coleguinhas de trabalho. Loja de shopping faz a gente viver o banheiro público de verdade todos os dias. Várias vezes por dia.
E banheiro de mulher é um mundinho à parte. As conversas que a gente ouve enquanto está na cabine já dariam, sozinhas, um livro. E eu me pego achando muita coisa absurda, ridícula, engraçada, sem noção. Como se outras pessoas não pensassem o mesmo sobre as minhas próprias conversas.
Aí a gente repara que tem funcionária que passa muito mais tempo do que devia "trabalhando" no banheiro. Aliás, às vezes rolam quase reuniões de departamento! Hehehehehehe.
Repara na moradora de rua e na maluquinha do bairro que passam pelo shopping para usar o banheiro todo dia.
A gente repara num monte de gente mal educada que passa puxando porta por porta até achar uma aberta. Isso porque aqui as portas são de vidro! Jateado, mas vidro. se você olhar você sabe se tem alguém dentro. Essa é a única coisa que me irrita. É que nem ficar batendo em banheiro ocupado. Feio. Falta de educação.
E aqui, especificamente, como tem um colégio do lado, as meninas usam muito o banheiro do shopping. Aliás, parece que não tem banheiro no colégio. Até menina vendendo roupa dentro daquele lugar eu já vi. É uma loucura.
Então a gente acaba reparando na cara dessas meninas. E todas têm uma cara de quem está morrendo de tédio que é assustadora. E igual para todas elas. Fiquei até meio confusa, mas depois imaginei que é a cara de quem tem toda a informação que quiser na ponta dos dedos, não precisa se esforçar para descobrir nada e convive com as pessoas essencialmente no mundo eletrônico.
Acho que se, nessa idade, eu não estivesse beijando meu namorado escondida do meu pai ou lendo um livro, eu ia ter a mesma cara... :P

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Tupinicópolis, again!

Eu falo que isso aqui é país-zinho e tenho muitos motivos para tanto. Vamos deixar para lá a eleição que essa palhaçada é padrão, não sei porque tem gente que ainda se espanta.
Quero mesmo é falar sobre uma matéria do Fantástico de domingo (odeio o Fantástico, mas de vez em quando me enganam lá em casa e deixam a TV ligada nessa tranqueira) sobre as quadrilhas de aborto.

Claro que médico fajuto que faz esse tipo de coisa nos fundos de casa e mata um monte de gente por aí é criminoso, isso sem sombra de dúvida.

Mas por que isso acontece? Porque ninguém se importa de permitir que uma moral (moral, uma coisa que é de cada um, não serve igual para todo mundo) religiosa (religião, não ciência) defina como cada mulher deve encarar um ser crescendo dentro do seu corpo. A história já provou por A + B que as mulheres não vão parar de fazer aborto. E, na minha humilde opinião, foi-se o tempo que a igreja católica, evangélica, cristã, ou qualquer outra tinha o direito de decidir sobre a minha vida e o meu corpo. Moral religiosa é exatamente isso, uma noção que é diferente para cada religião e portanto, diferente para cada pessoa.

Assim, bandido vai tirando dinheiro e deixando doente, quando não mata, um monte de meninas e mulheres por aí. E o Fantástico acha bonito mostrar como as quadrilhas foram pegas num incrível trabalho da polícia. Que nem seria necessário se o aborto pudesse ser feito legalmente.

Mas aí você pode pensar: como vai legalizar o fim de uma vida?
Desculpe a sinceridade, mas o conceito de quando um feto vira vida também é diferente para cada um, e é essencialmente espiritual. Você lembra de qualquer coisa antes de nascer? Ou até depois, enquanto era bebê? Então, eu também não.

Não é um dos assuntos mais fáceis e não deveria ser uma saída fácil para uma gravidez indesejada, não é isso que eu estou dizendo. Fácil é controle de natalidade. é só ensinar as meninas a prevenir a gravidez, e fazer boas campanhas no país, certo?

Não. Isso também não pode no Brasil.
Pelo mesmo motivo absurdo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Se sujar faz bem!

Slogan de propaganda de sabão em pó, né?
Hoje em dia, porque como disse um comediante que eu vi na TV, quando eu era criança a coisa que eu mais ouvia da minha mãe era "não me vai sujar essa roupa!". Hehehehehe.
Mas, enfim, artifício para vender sabão ou não, a frase tem um monte de sabedoria. E um outro comercial, um de sabonete antibactericida que diz que "não são as crianças que estão mais fracas, as bactérias é que estão mais fortes", que me inspirou a escrever esse post.
Quer uma coisa que me dá pavor? O álcool gel que depois da H1N1 está espalhado por todos os cantos e um monte de gente criou o hábito de esfregar na mão toda vez que passa por um. Uma coisa horrorosa, que resseca a pele, estraga o esmalte e nem mata tanta coisa assim. Não sou médico, mas pergunte pro seu, eu não estou mentindo não.
Agora, fruto de um delírio que eu nem sei explicar é aquele dispenser de sabonete líquido, antibactericida claro, que é automático. Ou seja, nem encostar no mesmo frasquinho de sabonete que seu pai ou seu irmão pode mais. Einh?!?!?!?!?!

Eu comia o sabonete do box quando era criança. E estamos aí. Gordinha, mas saudável. E isso nem é culpa do sabonete que eu acho que ele não engorda... Huá!
O que está acontecendo é que a paranoia está privando as pessoas de seus tão necessários germe e bactérias. Aí, claro, não tem anticorpo suficiente, e fica doente à toa. Sem contar as pobres crianças pequenas superprotegidas que não podem fazer nada. Ou passam o dia na insípida brinquedoteca do condomínio de luxo.
Não tô dizendo que o negócio é brincar na rua, como muita gente fez, hoje em dia é bem complicado e eu não sou biruta. Mas uma água, uma terrinha, uma grama de vez em quando vai. Que mal tem?

Aí você bate um papo com a faxineira do banheiro do shopping e ela diz que o banheiro só para seco no inverno, no verão ela passa o dia inteiro secando a pia. Por que? Porque só no verão o povo lava a mão de verdade com água. E ela ainda acrescenta: "no inverno tem mulher que vai direto do vaso para a porta. A maçaneta que já é suja, imagina como fica?". Medo de água fria... E essa é a mesma moça que esfrega o tal álcool na mão 25 vezes por dia... Valha-me!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Talvez eu vá também...

É muito engraçado como as coisas acontecem, e como a nossa vida é feita de ciclos que se repetem permanentemente. Como o ser humano leva tudo às última consequências, sempre, a tendência é algo se abrir ao máximo e depois começar a se fechar de novo.
Agora são as redes sociais. Muito antes do Orkut estar ameaçado de extinção, vimos nossos "amigos" irem abandonando a rede. Tudo bem que foi para migrar para o Facebook, mas o fenômeno aconteceu.
Agora já existem movimentos de abandono ao Facebook. E por que será que essas coisas acontecem?
Tenho uma teoria que não é baseada em nenhum estudo científico, é só minha. Então se você não concordar, ou não gostar, é um direito seu.

Eu acho que o que começa com ótimas intenções de entretenimento (porque na minha concepção rede social faz o sucesso que faz só porque entretém, eu nunca vi um post fazer ninguém mudar de ideia sobre nada), vira terra de ninguém e aí as pessoas começam a achar que podem impor todo tipo de mentalidade nesse meio que deveria ser puramente divertido. Que mané lei cibernética, o que tá faltando é etiqueta mesmo. Mas enfim...
Quem ainda se encontra no afã da revolta, ou da ilusão de que está espalhando sua "palavra", seja ela qual for, continua lá, incomodando todo mundo. Quem já disse tudo que tinha para dizer começa a se sentir cansado e oprimido, e acaba indo embora.
Eu, particularmente, e me desculpem os amigos engajados, estou muito de bode de todo tipo de foto de criança doente, bicho quebrado, abandonado, passando fome, qualquer tipo de crueldade humana ou divina. Me deprime, me coloca para baixo e muitas vezes me faz chorar no meio de um dia de trabalho. Para quê? Vai mudar alguma coisa? Eu, particularmente, não consigo ajudar todo mundo, e só sofre quem tem essa pretensão. Ou seja, quem não tem a menor intenção de ajudar ninguém, não vai se sensibilizar.
E não vou nem falar das eleições que a palhaçada já atingiu níveis "mean girls". Por favor...

O resultado é eu também pensando em abandonar a rede que tanto já me fez rir com fotos fofas de gatinhos e bebezinhos, saber de notícias de amigos tão distantes, encontrar pessoas legais que eu não via há anos... Porque essas coisas são que nem namoro: não vale a pena insistir se te faz mais mal do que bem.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

When I get lonesome I get on the telephone

Antigamente, se a gente se sentia sozinho, fazia isso mesmo. Telefone era coisa de hoooooras, principalmente para as meninas. Eu tive relacionamentos inteiros baseados em hábitos telefônicos. Sem contar o frio na barriga cada vez que o danado tocava quando a gente estava esperando uma ligação. Porque esperar uma ligação era exatamente isso, a gente tinha que se plantar em casa e não inventar nenhum tipo de compromisso.
Agora a gente espanta o tédio com a janela do mundo, o Facebook. Mas o protocolo é tão diferente que nem de longe dá a mesma satisfação. Com tempo para pensar na resposta é tudo muito apropriado, ou inapropriado de propósito. Acho que por isso tem cada vez mais gente "desabafando" absurdos na tal janelinha. Vai-se perdendo a noção, já que estamos desprovidos de reação, espontaneidade e até do importantíssimo tom de voz nessas conversas pelo teclado. A única coisa que salva são os papos com irmãos e irmãs de coração, gente que a gente conhece tão bem que consegue até "ouvir" o que a pessoa escreveu.
Mas esses são tão poucos na nossa vida...

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Preconceito do conceito

Eu não sou uma pessoa preconceituosa. Durante minha vida tive amigos negros, orientais, gays de toda espécie, tímidos, espalhafatosos, grandes, pequenos, pobres, ricos, o que você quiser. E sempre tratei absolutamente todo mundo do mesmo jeito.

Acho que, exatamente por isso, me dou certas liberdades na maneira como falo de coisas “delicadas” e tenho que confessar que ando absolutamente sacuda de algumas reações em relação a preconceitos. Já tive gente me perguntando na cara se eu era racista, por conta de um comentário desses mais “livres” a que eu me referi antes. Chamo gay de bicha, negro de negão e falo pro japonês abrir o olho. Na cara deles e sem nenhuma intenção de ofender.

E aí, numa conversa um dia desses, falei sobre isso com algumas amigas e gostaria de deixar algumas coisas bem claras:

Sei que existe gente racista, sou loira mas não sou burra (ahá);

Isso não significa que todo mundo é racista;

Também não significa que negros, orientais e homossexuais sofrem mais do que eu no quesito preconceito;

Como assim?
Sou loira, alta e peituda desde os 13 anos. Tô reclamando do que, certo?

Desde os 13 anos todo homem acha que a conversa é com o meu decote e não comigo. Sem exceção. E eu tenho que ficar lisonjeada, não?

A loira é burra desde que o mundo é mundo. E eu nasci loira, e continuei loira (natural, inclusive). Portanto...

Só para constar, Gabriel Pensador estourou com aquela pérola por volta dos meus quinze anos. Mas adolescência de menina é coisa fácil, né? Nem me abalou...

Eu não sou japa, nem negão, mas sou a Xuxa, a Angélica, a Madonna, a She-Ra, todas as paquitas, além de ser alemã desde pequenininha (apesar de ser descendente de poloneses e italianos).

A diferença, é que eu levo tudo isso numa boa (a maior parte do tempo), porque a sociedade não tem jeito, o ser humano é cruel e vive de estereotipar, e nada disso vai mudar tão cedo. Então, para que transformar isso num fardo? A gente já não tem demais na vida?

Eu acho que, antes de se sentir vítima de preconceitos e jogar esse seu enorme fardo em cima de mim, desenvolva um senso crítico. Perceber quem está sendo verdadeiramente preconceituoso é sinal de inteligência. Nenhum holocausto te dá o direito de criar um preconceito em relação a todo mundo que chega perto de você. Ninguém é vítima perene, assim como todos somos vítimas em algum nível, faz parte de conviver com o homem.

Eu não tenho culpa se você não sabe lidar com a sua própria história.

É como disse um comediante que eu vi na TV outro dia: Uma coisa é você olhar um negro e achar que ele é bandido, só porque é negro, ou decidir que a mulher é burra só porque é loira. Isso é o preconceito. E do pior tipo.

Mas eu ser branca, o outro ser amarelo e outro preto é conceito. Gay, gordo e magro. Conceito. É o que somos, não uma imagem que passamos. E o que tá fazendo falta é ensinar as próximas gerações a terem si próprios em alta conta pelo que são, e não ficar martelando sofrimentos centenários.

Se todo mundo pensar nisso de verdade, pode ser que as pessoas aprendam a conviver um pouco melhor com si mesmas, e com os outros.

Como assim?

O tempo, como eu sempre digo, é a coisa mais louca do mundo!!!
Como faz mais de um ano que eu não posto nada?
Vamos retomar os trabalhos... Tá louco!