sábado, 28 de fevereiro de 2015

Resolvi empreender...

Ultimamente ando me sentindo meio culpada pelas ausências. Desde que começou a odisseia da loja, estou ausente para a maior parte das pessoas que me conhecem, e isso anda me dando um aperto no coração. Por isso, peço desculpas, mas tenho bons motivos, mesmo sendo todos bem pessoais.
Um pouco antes de isso tudo começar, li um texto de um garoto americano que criou uma dessas start-ups de TI, sobre os efeitos colaterais do empreendedorismo. E um deles era conviver com o fato de que muitos amigos não entendem a nova vida e se afastam. Esse tópico me volta à cabeça toda hora, principalmente porque eu sei que antes de melhorar, ainda vai piorar bastante.
Tive a sorte (se é que se pode chamar isso de sorte, dadas as circunstâncias) de poder começar um negócio próprio. Tive também, pela primeira vez na vida, a coragem para tanto. Sempre fui muito taurina, muito pé no chão, muito lenta para abraçar qualquer tipo de mudança. Mas a vida veio e mudou tudo à minha revelia. Então tive que começar a pensar em arriscar.
Só que a empreitada vem com um preço. Meses e meses de dedicação. 24 horas por dia. É um filho que eu pari, e digo isso sempre para que as pessoas entendam a dimensão da coisa toda. Cansa muito. Consome muito. Quanto mais tempo eu vivo nesse pique, mais eu penso só em sofá quando chega a "folga". São quase 12 horas por dia dentro da loja, todos os dias. São todas as decisões tomadas sozinha. É toda a responsabilidade exclusivamente sobre mim. Se eu fizer besteira, perco tudo que eu tenho.

Assim como me mudar para outro estado, isso também foi decisão minha e sei que devo arcar com todas as consequências. Mas gostaria muito que amigos e família soubessem que é uma fase, importante, pela qual eu tenho que passar antes de voltar a ter uma vida "normal". Sei que todo mundo entende. Não sofro nenhum tipo de pressão nesse sentido, a não ser de mim mesma. Sinto falta de tudo e de todo mundo. O tempo todo.

Tudo isso é passageiro, de qualquer forma. E eu espero que o fim dessa jornada seja o meu sucesso.

Só que enquanto isso, fico aqui morrendo de saudades...




quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Gatinho feliz!

Já passei um tempão (muito mais do que eu devia, com certeza) lendo tudo que é site e blog sobre cuidados com os gatos, além de alguns livros, e pude filtrar algumas dicas que acho bem legais, incluindo minhas "soluções" para versões mais em conta de algumas coisas...

Uma das coisas que me surpreendeu foi ler que gatos não gostam de água perto da comida. Normalmente é o primeiro lugar que a gente coloca, mas o texto dizia que os gatos encaram a comida como caça morta e isso perto da água contamina ela. Inteligentes, não? Não vou lembrar a fonte da informação, só sei que funciona e como não faz mal nem nos custa nada, porque não?
Em casa a água da minha gata sempre ficou longe da comida, mas acidentalmente. Todo mundo que tem gato sabe que eles adoram água corrente e para não ficar gastando com torneira aberta, uma das primeiras coisas que eu comprei foi uma daquelas fontes artesanais de barro com motorzinho. E coloquei na sacada para a água ficar mais fresca e não fazer molhaceira dentro. E a Ellie toma um montão de água naquilo, o que é ótimo porque eles tendem a não fazer isso e ficar com problemas renais.
Só que uma vez esfriou muito e nós fechamos a sacada. Aí eu coloquei um potinho provisório perto da comida e ela quase não bebeu! Depois que eu fui descobrir porque...
Aliás, sobre as fontes, ela sempre teve uma de barro. Quando eu quis colocar mais uma, dentro de casa, pensei em comprar uma dessas "profissionais" que a gente vê em pet shop cara, dessas que tem filtro e tudo.
Aí me deparei com um depoimento de um dono de gatos dizendo que os dele tinham desenvolvido alergia ao plástico e tinha machucado a boquinha deles. Desisti da ideia da fonte industrializada na hora, minha gata nunca teve nada... E resolvi "inventar". O resultado foi esse:




Um vaso alto, um motorzinho (compra em loja de aquário), um pedacinho de tubo plástico transparente (compra em loja de material de elétrica), só para as conchinhas não cobrirem a saída do ar e pronto! Não tem como "sumir" com o fio, mas a Ellie amou, como o motorzinho fica no fundo não faz barulho, e não espirra água. Dá até para colocar no quarto se quiser. :D

Outra coisa que é bem fácil de fazer em casa, assim fica mais barato e com a sua cara, é um mega arranhador. A maioria custa a partir de 250,00, de um bom tamanho, e normalmente são de umas cores esdrúxulas. Compramos uma estante dessas bem baratinhas em loja de material de construção e revestimos tudo nós mesmos. A parte do sisal foi mais chatinha e ficou a cargo das mãos fortes e destreza do noivo, admito. Mas eu cuidei da pelúcia! Hehehehehhe
Ficou bonita, combina com a nossa sala, e ainda está servindo de cantinho da cama dela. Tudo saiu menos de R$150,00. É só usar a imaginação! :D



Outra coisa que não falta em casa é a graminha de gato. Vende a misturinha de sementes pronta em pet shop e aquilo cresce em qualquer lugar com luz e um pouco de ar. Em casa fica na pia do meu banheiro, num pirex quadrado pequeno, e ela come um pouquinho todo dia. É bom para o estômago e eles adoram!





quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Natureza sábia... ahã...

Tanta gente gosta de dizer como a natureza é sábia em tudo que faz... Mas, na real, se ela é sábia, também curte tirar uma grandão com a cara da gente, não?

Se ela fosse tão sábia assim o ser humano não ia precisar comer 258 porções de frutas variadas, 356 de legumes e 548 de verduras por dia para ser saudável. Qualquer coisa ia servir, contanto que fosse alimento. Sem engordar. Sem fazer mal.

Ah, mas tudo que tem "in natura" na natureza não engorda e não faz mal.

Mas então porque cargas d´água ela deixou o macaco errado pegar a macaca errada até a gente virar essa gente doida que inventa e fabrica um monte de coisa gostosa que faz mal para depois passar o resto da vida sofrendo, se privando ou engordando e ficando doente?

A natureza devia ter deixado só o macaquinho solto por aí. Deixar "evoluir" para ser humano "pensante" foi a maior mancada... :P

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Barrigas, barrigas, barrigas...

Já vou começar me desculpando com as grávidas, as novas mamães, as mulheres que não pensam em outra coisa senão ter um filho, lembrando que aqui coloco minha opinião pessoal. Então espero que ninguém se ofenda.

Sempre fui a favor do aborto legalizado. Já cansei de ouvir amiga que engravidou de sujeitos "pouco paternais", para ser simpática, dizendo o quanto é difícil criar filho sozinha. O quanto é complicado se ressentir com a criança que ela tanto ama por conta dessa situação. E essas são mulheres que resolveram assumir aquilo que fizeram (palavras delas, não minhas) e levaram adiante a gravidez. Mas ainda existem as milhares de mulheres e meninas que se arriscam em um aborto clandestino e ficam doentes, morrem ou ficam com sequelas para o resto da vida, sem falar no trauma.

Será que tudo isso vale a pena para preservar uma "vida" que nem vida é direito ainda? E a vida dessas mulheres? Essa sim, confirmada e estabelecida como vida de um ser humano. Essa não vale nada?

Está rolando por aí uma "campanha" no Facebook de não ao aborto e mulheres de todo o Brasil estão aderindo colocando fotos lindas de suas barrigas tão queridas, curtidas e desejadas. Um alerta aí para vocês, barrigudinhas, essa é a SUA barriga e a SUA alegria. Não serve para mais ninguém, tá?

O aborto não vai desaparecer. Não existe lei ou punição que vá fazer que mulheres apavoradas pelo prospecto de ter um filho deixem de contemplar, ou realizar o aborto. Eu já falei isso aqui e quero ver alguém conseguir provar que eu estou errada. Então por que isso deve continuar sendo uma sentença a uma jornada terrível? Ou uma sentença como mãe para o resto da vida? Porque para quem não quer de verdade, é exatamente isso, uma sentença.

Muita gente acha que a legalização iria transformar o aborto em "saída fácil". Mas é exatamente aí que a coisa seria controlada, monitorada, acompanhada. Ninguém mais ia ter 4, 5 abortos na "conta". Isso acontece hoje porque é ilegal, ninguém controla, e os "médicos" são todos criminosos.

Ainda não tenho filhos, pode ser que eu tenha, pode ser que não. Mas mesmo que ele seja o maior amor que eu já vivi na vida, vou continuar a favor da legalização do aborto. Porque esse amor vai ser só meu, não vai servir para mais ninguém.
E, na minha concepção, algumas coisas ultrapassam as barreiras de crenças e ideologias. É puramente social que mulheres que se deparam com uma gravidez indesejada vão contemplar e, muitas vezes realizar o aborto. Não importa o que sua igreja ou seu deus te diz. Não importa o que a sua consciência adotou para si como conceito de início da vida. Não importa o quanto você ame todos os seus filhotes.

Repito e me repito. Tudo isso só serve para você. Não vai ser alento nenhum para a pobre coitada na sala de espera de um charlatão sem saber se sai de lá inteira ou não. As experiências são tão contrárias que me atrevo, inclusive, a dizer que mães felizes não deveriam meter pitaco no assunto aborto.
E guardem suas maravilhosas barrigas para os momentos alegres e para o seu álbum de recordações.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Equilíbrio?

Essa semana saiu uma notícia sobre a suspensão da decisão da Kodak de não fabricar mais película, a pedido de diversos diretores de cinema. E esse é só mais um indício de que a humanidade vai ter que se acostumar a um pequeno equilíbrio, que deve ir acontecendo devagar, em algumas searas, mas já pode ser sentido se a gente prestar bastante atenção.
Por que tantos diretores famosos não querem ver o filme desaparecer? Porque enquanto houver arte no mundo nenhum meio vai mais desaparecer. Todas as previsões de "desaparecimento", desde a invenção da TV, se provaram mais que equivocadas. O livro está aí, o jornal impresso também, a foto em filme ainda é um meio de arte e nem o rádio foi eliminado das ondas invisíveis.
Se por um lado, todo meio continuará tendo espaço através da arte, por outro lado, meios que antes já foram plataformas de fortunas imensas vão sobreviver apenas como isso mesmo: arte.
O que realmente acontece é apenas o desaparecimento do exagero. Vai ficar cada vez mais difícil ficar milionário. Cada vez mais difícil enriquecer de repente com um golpe de sorte na internet. Cada vez mais difícil ter uma grande sacada que vai criar o seu império sozinha. A construção de fortunas como sempre conhecemos não funciona mais, nem mesmo nos moldes tão contemporâneos que criaram o fenômeno Facebook.
As modas e fissuras duram cada vez menos. Comércio e indústria precisam cada vez mais aceitar o fato de que a margem de lucro tem que diminuir para que o negócio continua funcionando. O cliente deve ser cativado e mantido, e não ludibriado. Muito em breve, nenhum sucesso justificará um cachê de 1 milhão de dólares por episódio, ou salários igualmente nababescos para atletas (e isso meu falecido pai já dizia).
Quem disse que o rádio morreu, ganhava fortunas com ele até a TV aparecer. Assim como os jornais impressos antes da internet, e as lojas antes do comércio virtual. Todo mundo está um pouco para baixo porque as fatias terão que diminuir para alguns a fim de chegar em outros. E, daqui de onde eu estou, parece que isso já vem acontecendo gradativamente.

O que não é uma má notícia. Pelo menos eu acho que não.