quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Se conselho fosse bom... (mas eu não vou cobrar esse)

É assim, todo mundo tem suas opiniões e julgamentos. Todo mundo acha um amigo meio chato, uma amiga mega feia, outra que acha que os filhos são liiindos (mas não são), um que é prepotente, outro preconceituoso e por aí vai. E eles são tudo isso mesmo, no SEU MUNDO.
Mas o mundo não é só seu e todo mundo vive nele. Então o segredo não é aquele livro mala que faz aparecer cachorro. O segredo é você só conviver com quem você gosta de verdade, usar o seu filtro sempre que possível, saber que filtro não é sinônimo de hipocrisia, largar a fofoca que você já é bem grandinho e parar de achar que você vai mudar alguém, que isso é prepotência.

Quando muito, faça o seu melhor. E de coração. Funciona que é uma beleza!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Consciência negra...

Esse negócio de Dia da Consciência Negra só serviu para me lembrar do bode que eu tenho com o mimimi do preconceito. Quando é mimimi, é claro. Existe preconceito e eu sei, e eu já disse isso.
Só que essa coisa de preconceito, aliada ao politicamente correto, ficou tão chata que eu tô querendo me mudar para Marte. Um amigo postou a foto da Beyonceline Dion, como tá escrito lá, mais loira do que eu!
Mas eu que sou loira natural, não posso achar isso uó. É preconceito.
Ela, por outro lado, tem todo o direito de dizer que eu sou "branca demais para isso" caso eu tente imitar qualquer trejeito "negro". Da última vez que eu chequei gente era tudo gente, mas beleza.
O branco que se encanta com a cultura negra e tenta "imitar" é taxado de ridículo, ou é tão especial que "ganha o direito" de usar a alcunha "de alma negra". E com todo o orgulho, viu?

Sem falar nos outros tipos de preconceito. Outro dia outra postagem me tirou do sério, mas eu prometi para mim mesma que não ia mais iniciar essas discussões no Facebook. Não vale a pena.
A postagem era sobre como um estudante pobre de colégio público do nordeste teve a nota mais alta do Enem. O problema foi o tom da postagem, tipo "chupa direita!", ou seja lá o que esse povo tá achando ruim agora.
E se o garoto fosse pobre, de escola pública, mas loiro de olho azul do interior do Rio Grande do Sul? Aí não é conquista. Aí não é prova de nada. Aí não vale nota. E eu achando que era só mais um menino inteligente.
Só que se for para provar que o preconceito está aí a todo vapor, a notícia faz exatamente o efeito contrário. O preconceito é achar que vale ser notícia um menino inteligente que tira a maior nota do país, só porque ele é nordestino.
Né não?

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O Iluminado

Esses dias me deu uma vontade de rever a adaptação do Iluminado do Stephen King, que ele produziu em 1997, e eu encontrei para ver online aqui. Quando foi transmitido, foi em formato de minissérie, são três episódios de 1h30, mais ou menos, então é bem longo. A gente alugava em VHS e sentava para assistir de uma vez mais de 4 horas de Iluminado!!!
Mas é porque vale a pena. Sei bem do amor que uma galera tem pela versão do Kubrick, mas infelizmente ela é péssima no que diz respeito à adaptação do livro. Sem contar que "O Iluminado" é sobre um menino extremamente sensitivo e os problemas com o pai alcoólatra. Em resumo, é isso. Todo o terror vem dessa combinação num lugar "assombrado" que é o Hotel Overlook.
Na versão do Kubrick o problema de Jack com a bebida passa quase despercebido e muito da história é distorcido para criar um filme de terror no sentido tradicional. Já a versão de 1997 nos envolve no suspense e me dá pesadelos toda vez que eu assisto. Acho que se você não viu, vale muito a pena. (Para quem não fala inglês, tem o filme completo no youtube dublado).

King é muito visual na maneira como escreve, e quando é bem adaptado para o cinema, o resultado é quase sempre bem interessante. Dois outros exemplos são "Um Sonho de Liberdade", mesmo com Morgan Freeman como o ruivo (?!?!) Red, e "À Espera de um Milagre", um filme lindo e muitíssimo fiel ao espírito da obra escrita. Aliás, eu acho Stephen King ótimo como autor de terror e suspense. Mas acho ele brilhante quando escreve fora do gênero.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O caso do fio puxado

Hoje estragaram uma peça na minha loja enquanto provavam. Eu só vendo fio e tricot então é tudo muito delicado, pode enroscar em várias coisas...
A mulher entrou e pegou uma daquelas peças beeem transparentes, ou seja, bem delicadas, e pediu para provar. Só que ela provou com a cortina aberta e eu vi ela enfiar na cabeça de qualquer jeito e a blusa enroscar na corrente dela, ficando presa. Ela simplesmente puxou, abriu um buraco na blusa.
"Ah é delicadinha, né?"
Mas não falou nada sobre o estrago. E eu vendo tudo.
Aí tirou, embolou, já começou a desconversar, eu peguei de volta e disse, "puxou um fio aqui, deixa eu ver se consigo dar um jeito"
Então ela me diz "puxou? ainda bem que você viu, eu nem vi", já juntando as coisas dela para ir embora. Saiu com tanta pressa que ia deixando uma jaqueta em cima da minha mesa, eu que chamei de volta e entreguei.

Algo assim ia acontecer cedo ou tarde, eu tinha ciência disso. Até eu puxo o fio das peças de vez em quando. Mas a questão é a cara de pau de achar que está me enganado para não assumir a responsabilidade por um ato. E se fosse uma pessoa que ela atropelou? Ah, mas isso nem se compara.

Na minha concepção, é caráter, é a mesma coisa. Lesar o lojista pode, mas lesar o corpo de alguém não? Qual é a medida? Para mim, quem faz um, faz o outro.
Só que nesse país, do "jeitinho", a gente aprende que a malandragem é traço característico, e tem quem acredite, até charmoso. Se aprende a ser meio "liso" desde cedo.

O resultado tá aí. O país da impunidade. O país onde ninguém quer responsabilidade. O país onde todo mundo acha que pode "se safar".

Inclusive do fio puxado no provador...


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

E a gente? Não ganha?

Ando meio tensa com a quantidade de entreveros "político-sociais" que estão rolando no Facebook, e mega, super, über cansada de diversos mimimis...
O fenômeno essa semana é a inversão térmica. Defensores de Aécio, quando da ocasião, estão soltando impropérios contra a reeleita cidadã e os petezetes resolveram "dar um tempo". Tá bom, todo mundo tem direito a um descanso, né?

Mas e a gente que não tá nem aí para o que todos vocês pensam sobre a política do país? Também não ganha um descanso?

Vamos falar de hohoho que tá chegando, criançada!

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Não recomendo: arquitetas

Fui atrás das arquitetas que projetaram a decoração do meu apartamento porque eu já as conhecia de uma entrevista que fiz com elas para a revista onde eu trabalhava. Elas tinham feito um ambiente para a Morar Mais por Menos, uma mostra de decoração, e eu tinha gostado de algumas soluções.

Meu pai tinha acabado de falecer e eu não tinha condições de pensar em nada sozinha, precisava de ajuda. Durante os acertos, foi tudo muito lindo, divertido e regado a café e cigarro (eu ainda fumava na época). Quase todos os encontros foram na loja de uma das arquitetas, e como eu não estava trabalhando, era tranquilo para mim.

Me foi dito que todo fornecedor indicado por elas que eu escolhesse, teria o acompanhamento e administração delas. E a maior fatia do meu orçamento (50 mil reais) eu resolvi fazer com o marceneiro que elas indicaram. Ninguém acompanhou nada, foram muito poucas as visitas delas no meu endereço e eu tive que ficar com o pessoal da marcenaria e resolver as coisas com eles praticamente sozinha.

Qualquer ajuste ou reclamação levavam dias e muitas ligações da minha parte para ser atendida. Me disseram que a cortina, por exemplo, seria medida novamente após uma semana de instalada, para ser ajustada. Nunca voltaram na minha casa. Eu também não fui atrás, na época, mas não era minha obrigação. O cortineiro também foi indicado pelas arquitetas.

Hoje já fazem quase dois anos e há poucos meses liguei para reclamar que, em um ano, minhas dobradiças do banheiro começaram a esfarelar de ferrugem. Nunca vi isso na minha vida! Na verdade, tentei um milhão de contatos e levei mais de um mês para ser atendida por uma delas, quando fiz a reclamação. Claro que eu ouvi todo o blablabla de garantia vencida e etc. Sei de tudo isso, não sou nenhuma idiota.

A questão é que me senti desamparada. Depois de todo o dengo da fase do "namoro", a pessoa conseguiu o que queria, eu paguei o que foi pedido nas datas combinadas, e lavou as mãos. Dane-se minhas dobradiças enferrujadas, não é mais problema delas. Aliás todas as ferragens que foram instaladas no meu apartamento inteiro estão se deteriorando. Não quero nem pensar no problema que eu vou ter.

Me disseram que iam mandar uma pessoa. Me disseram isso há meses. A pessoa nunca apareceu. Meu último e-mail nunca foi respondido. E é assim que se faz negócio, minha gente.

As arquitetas em questão são Luciana Cavalli (CREA PR 113921/D) e Iara Cunha Pereira (PR 61936-D). E se alguém me perguntar, eu não recomendo.


Dieta? Opa!

Falei outro dia sobre comida, mas não falei o que penso sobre uma boa reeducação alimentar. Aí hoje postaram uma daquelas mensagens engraçadinhas que dizia: "não confio em gente que faz dieta. Se é capaz disso é capaz de coisa muito pior". E comecei a pensar nos desserviços que fazemos a nós mesmas. Sim, mesmas, porque homem não está nem aí para essas coisas.
Depois do advento das cirurgias de estômago, todas as versões, a relação das mulheres com o regime (como a gente chamava antigamente) mudou muito. De um lado temos a turma saúde, saúde, saúde, mas que muitas vezes não pratica o que prega e, ou exagera, ou inclui química na composição. Do outro lado o pessoal do resultado rápido e fácil. Remédio ou cirurgia, porque regime não é possível, demora muito e eu não tenho tempo de malhar ou comer direito. Essa é a mesma turma que, antigamente, tomava anfetamina ou passava um mês comendo abacaxi. Hoje é bariátrica e Dukan.

E eu me vejo numa dificuldade imensa em convencer qualquer uma, e é qualquer uma mesmo, em qualquer nível de "tô gorda", de que é possível sim comer super bem, sem passar fome, ficar bem e emagrecer. Tenho uma amiga que sempre diz "não dá para comer doce nenhum e emagrecer!". Dá. Só que é um pedaço do chocolate. Uma vez na semana. Não uma caixa todo dia, percebe?

O que eu sempre digo é que o "sofrimento" dura três meses, se tanto. Qualquer uma que suportar os primeiros três meses, reorganiza o corpo e acostuma. Quando eu me ajeitei a primeira vez eu comia, facilmente, mais de 3000 calorias de porcaria todo dia. Porcaria nível McDonalds, que eu já não como há mais de 15 anos.
Não tive acompanhamento médico, mas o que eu fiz foi sair disso para pratos de salada com salmão, de repente. Foi complexo. Meu cabelo caía, eu esquecia as coisas e vivia com fome. Mas foi o choque que meu corpo precisava porque até então meu metabolismo era uma lesma, manca e empacada. A partir daí, tudo foi melhorando devagar, eu perdi 20 quilos em um ano e fiquei ótima. Até hoje, a hora que eu resolvo emagrecer é só voltar a comer direito, acontece naturalmente.

Lindo? Fácil? Milagre? Não. Mudança de atitude. Assumir a responsabilidade pela sua gula e esganação e pelo seu próprio peso. Pela auto indulgência (hoje pode). Pelos quilos que já aparecem na balança depois daquela festa de criança (precisa comer todos os salgados e doces? Então assume que matou as vontades e corre atrás do prejuízo). Pela clássica preguiça. Eu não faço comida em casa para trazer pro trabalho, nunca fiz. Mas quando eu comecei a comer bem era bem mais difícil achar opções na rua. Hoje tá bolinho... ;).

Ajuda muito se livrar ao máximo da comida industrializada. Cada uma dessas que eu corto, é mais uma que não consigo mais comer. O sinal é a azia, e aquela digestão travada. Comida pronta congelada, miojo, qualquer coisa de saquinho, molho pronto, tempero pronto, até suco de caixa não rola mais. Massas brancas, são pesadas, as integrais descem bem melhor. Fermento novo. sabe pão quente? É uma delícia, mas um veneno pro estômago. Infelizmente, o pão de ontem reaquecido é muito mais leve. Até a pizza que eu peço hoje é com massa fina e bem passada. Fica crocantinha. Tem gente que não gosta, mas se você provar, vai ver que é a pizza mais leve que você comeu na vida, e ao invés de dois pedaços de massa pura, vai conseguir comer três de puro recheio. Melhor, vai?

Eu gosto muito de vinho e como de tudo, e quem me conhece sabe que passo mais tempo acima do peso do que abaixo. Mas a principal coisa que eu aprendi quando comecei a comer direito é que é minha responsabilidade. Eu que aboli as desculpas e tomei controle de mim. Há quem tenha problemas médicos, ou psicológicos. Procure ajuda e elimine esses problemas. Passar a vida reclamando que não emagrece porque meu metabolismo é diferente, sem nunca ter ido ao médico também é papinho.

E eu encerro com uma frase que eu digo para todo mundo (e ninguém acredita também). Dieta que presta é aquela que você consegue seguir a vida toda. Sua dieta. Seu modo de comer. Sempre.
Se você come mal, essa é a SUA dieta.






terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sobre o trânsito de Curitiba

A pessoa veio de São Paulo. Da capital, São Paulo. Então não se ofendam (muito), curitibanos e afins nas ruas dessa cidade que eu tanto amo.

1. Aqui não tem trânsito.
2. Quando o carro anda, mesmo que devagar, não é trânsito.
3. Se você nunca teve uma crise de desespero depois de 3 horas para rodar um percurso de 20 minutos, você não sabe o que é trânsito.
4. Se sua cidade não alaga cada vez que chove, você não sabe o que é trânsito.
5. Se você não sente falta de ter água, comida, música E um carregador de celular no carro, você não sabe o que é trânsito.

Isto posto.

6. Aqui o sujeito para o carro, depois começa a curva, depois dá seta. Qualquer curva!
7. Aqui todo mundo abre e invade a pista do lado para fazer QUALQUER curva. Mesmo que esteja dirigindo um daqueles sofás com volante.
8. Aqui não existe seta. O Coringa do Batman age em Curitiba e a piada preferida dele é desligar todas as setas antes de o carro sair da fábrica (só pode ser!!!).
9. Aqui o sujeito resolve que vai estacionar e começa a procurar vaga a dois por hora. Aí ele acha, para e DEPOIS dá seta. Se você buzinar ele fica doido de bravo!
10. Mas quando você vai estacionar, todo mundo buzina.
11. Aliás, aqui só se buzina para o nego que está estacionando e aquele que não saiu imediatamente depois que o sinal abriu.
12. Fechar o cruzamento pode. Inclusive o curitibano desvia do fdp que tá fechando o cruzamento sem nem fazer cara feia (?!?!?!?!).
13. Aqui placa de PARE é puramente decorativa.
14. O semáforo é decorativo também em várias ocasiões.
15. Aqui "preferencial" deve ser o apelido para "rua que eu tenho que entrar correndo", porque de preferencial não tem nada. O povo sai das ruazinhas enfiando o carro mesmo e seja o que deus quiser!!!


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Comida inútil!

Hoje fui experimentar um restaurante novo. Coxa e sobrecoxa de frango assado com purê de batatas, cenoura e vagem cozidas. Parece muito leve e saudável, não parece?
Enquanto eu comia aquela quantidade enorme de comida, afinal empratado tem que satisfazer todo mundo, fiquei pensando o quão inútil aquela refeição seria para o meu corpo. Não que fosse uma combinação ruim, podia ser bem pior, um prato cheio de fritura e coisas industrializadas, mas cheguei a um ponto da minha dieta que metade proteína, metade carboidrato já não me satisfaz. E olha que vou ficar cheia por horas!!! Empratado é a pior opção para mulheres que estão aprendendo a comer pouco.

Aqui, um parênteses: não estou pregando nenhum tipo de regime, nem virei guru da saúde, longe de mim. Até pouco tempo atrás eu fumava que nem uma chaminé, eu adoro uma birita e fazer exercício para mim é sentença, nem necessidade é mais. O que estou escrevendo é uma experiência pessoal. (Ah, e eu continuo gordinha, não se iluda).

Aprendi que, quanto mais "femininas" as porções, mais o organismo se ajusta a comer pouco. Voltei a comer em restaurantes por quilo e eu não podia estar mais feliz! Meu prato é 1/3 fruta, 1/3 salada e 1/3 carboidrato + proteína. Todo dia. Quanto mais eu como assim, mais me parece maluquice comer meio quilo de batata com frango.
E o restaurante por quilo ainda dá uma gelatina de cortesia. "Mas gelatina não é sobremesa!". Não é. Mas tem aquele colágeno maravilhoso que faz um bem danado para a pele e se você é como eu e tem preguiça de ter gelatina em casa todo dia, é uma mão na roda, vai.
Aliás, para quem consegue se controlar, o buffet é incrível porque você tem uma variedade enorme, coisa bem difícil de conseguir em casa. E pode comer coisinhas diferentes todos os dias sem se preocupar em organizar o menu da semana, ou com a verdura estragando na geladeira.
Meu pai sempre falava para olhar para as opções de comida, excluir a gula simples e ver o que "apetece". Normalmente é isso que o corpo precisa. Tive uma longa fase de não comer feijão, porque eu tinha enjoado. Mas era só eu entrar na TPM que dava uma vontade incontrolável de feijão. Eu ia perder muito sangue na menstruação e o corpo já estava pedindo o ferro. Que tal?
Eu disse lá em cima que continuo gordinha, e continuo mesmo. Mas voltar a ter uma rotina de alimentação já está me emagrecendo, aos poucos, bem devagarinho. O que é ótimo, porque aí é mais fácil de manter. Pequenas quantidades, de coisas saudáveis, o tempo todo, dá uma sensação de que você não para de comer nunca e ainda emagrece! Não é perfeito? Já o frango com purê tá me matando de sono nesse momento, e eu só vou sentir fome de novo no natal!!!

Quando meu calo aperta, tomo remédio sim, com o acompanhamento da médica. Mas quase sempre percebo que o efeito é muito mais psicológico que físico e largo logo. Desta vez, usei a sibutramina por dois meses. Mas já parei. E continuo emagrecendo. Sempre tive pavor de dietas radicais, nunca fiz nenhuma. E essa Dukan já me deu nos bagos. Só funciona porque retira todo açúcar e gordura da dieta de uma vez. Aí, qualquer um emagrece. Só que sobrecarrega o organismo de tantas formas que eu nem vou falar nada. E 90% das pessoas que fazem a dieta ainda fazem errado. Pega o treco ruim e piora. Acho maluquice...

O resultado da minha "dieta" é que todos os meus índices sempre estão ok (colesterol, açúcar, gordura etc), e meu emagrecimento é lento e constante. Toda vez que eu engordo é porque eu exagerei no que não devia, e a palavra é exagerar mesmo porque eu não passo vontade, a diferença é que minhas vontades não incluem mega doces, fast food, fritura ou tranqueira industrializada há mais de 10 anos. Meu barato é um chocolate amargo, um pedaço de bolo de frutas, sorvete de morango, limão, maracujá, qualquer coisa que tenha banana ou café. Mas eu não consigo comer uma colher inteira de nutella nem que eu queira muito. Não porque é ruim, mas meu corpo não aguenta mais tanto açúcar de uma vez só. E bombom da caixa de variedades da Nestlé então? Dói o dente na primeira mordida que eu dou e arde a garganta. Isso é açúcar, minha gente!

Outra coisa complexa é comer à noite. Comer de verdade à noite e ir dormir é um veneno para o corpo. Antes dos 20 anos eu passei por duas cirurgias e os remédios me deixaram com gastrite. Meu estômago estragou para sempre e eu nunca ajudei muito. Com o cigarro e bebida, eu cultivei um refluxo de estimação que eu tenho até hoje. Comer legal ajuda muito, mas comer à noite é fatal para mim. Mais por conta do estômago do que medo de engordar eu como pouco à noite e paro muito antes de ir deitar. Todo mundo que não tem o hábito do café da manhã (que é mega importante) devia tentar. Você dorme melhor e acorda comendo canto de parede! Aí não tem jeito, tem que tomar o desjejum (porque se eu escrever tomar café muita gente vai achar que é o cafezinho preto. Né não! Tô falando de comer de verdade!).

As recomendações para consumo de frutas e verduras por dia são meio insanas, mas muita coisa pode ajudar. Bate um suco verde e pimba! No meu já tem duas frutas (limão e maçã), uma verdura (couve) e gengibre que é bom para tudo (e suco verde não emagrece não, eu tomo porque a couve ajuda com o estômago). Aí eu como uma banana. Aí no almoço são mais uns três ou quatro tipos de frutas, três ou quatro de verduras e legumes e já tá muito acima do que eu conseguia quando tava comendo em casa todo dia. Só coisa boa... Só comidinha útil!

Porque passar um dia inteiro sem uma fruta, uma folha ou um leguminho é um tremendo desserviço para o organismo. Mas confiar toda sua "nutrição" no pratinho de alface com tomate que vem antes do meio quilo de frango com batata também não pode. Aquilo só serve para matar a sede, e olhe lá.




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Tem um sapato me perseguindo!!!

Desde o começo do GPS (que aqui em casa é menina e a gente chama carinhosamente de Genoveva Pereira da Silva), que eu tenho vários medinhos desse monte de aparelhino que sabe onde eu estou o tempo todo. Eu não faço check-in em coisa nenhuma, só ligo minha Genoveva se eu precisar mesmo e não "libero" minha localização para nenhum aplicativo ou página.
Ainda assim, comprei uma passagem de avião para a minha tia outro dia e pasme! Duas horas antes do check-in no aeroporto o meu celular mandou eu sair de casa!!! Não pediu. Nem sugeriu. Abri o danado e lá estava: "saia pro aeroporto agora, possibilidade de trânsito...". o_O
Tudo bem. Só no meu celular ainda vai. Ele é pior que mãe, toda hora que eu abro ele está me mandando voltar para casa, está lá: "tempo até a casa...". Quem disse que eu vou voltar para casa agora? Cuida da sua vida, ô! (Isso aí é complô com Genoveva, tenho certeza!). Mas ainda assim é meu celular privado da minha pessoa. E cada um que se vire com seu dumbphone, certo?

Porém, o que me aborrece mesmo, é essa perseguição hollywoodiana aplicada ao marketing. Já falei que odeio marketing? Tenho que usar, agora mais que nunca com a loja. Mas fiz quatro anos de jornalismo para não ter que fazer propaganda de coisa nenhuma, esse é o tanto que eu odeio marketing.

Fui pesquisar modelo de sapato. A internet é bem ótima nesse sentido, uma mega vitrine, com um milhão de opções, ao alcance do dedinho. E nem precisa comprar nada, só "monitor shopping" (tipo window shopping, mas no computador) é maior legal também. Fui lá, fiquei hooooras vendo sapato de tudo quanto é jeito, e até comprei um par. Pronto. I'm done.

Você que pensa, minha filha! O sapato que você não comprou vai pipocar na tela do seu computador em links patrocinados por seis meses!!! Ok, eu já entendi porque não comprei esse, não precisa me mostrar o tempo todo, certo? No meu caso é uma coisa azul mosca varejeira que está me assombrando desde segunda-feira e não parece ter a intenção de ir-se.
E o sapato que você comprou então? Esse nunca mais sai do seu Facebook. Todas as outras cinco cores que você não comprou. Em todos os ângulos possíveis. Você vai enjoar antes de receber o danado e começar a usar. Vai chegar e você já vai doar para alguém. "Não aguento mais olhar para cara desse sapato!".

Eu já não comprei? Porque ficar me assoberbando com propaganda do negócio que eu já comprei?!?!?! Já falei que eu odeio marketing?
Isso quando é a sua pesquisa que volta para te morder a bunda. Meu noivo estava pesquisando modelos de papel de parede no meu computador e agora o MKT Manager do Google do caceta acha que eu tô interessada em papel de parede. Só se for para eu comprar um rolo, enrolar meu sapato novo e tacar ele na cabeça de alguém.

Arre!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Curto e grosso...

Achei que os gritos de "tragam os militares de volta" e "estamos vivendo a ditadura" era licença poética... Por isso não entendi todos os posts de repúdio e reprimenda.

Tem alguém falando sério mesmo?

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Tic tac

Se eu fosse herói de história em quadrinhos meu arqui-inimigo ia chamar Tempus, ou qualquer coisa assim, e seria o tempo encarnado num vilão. É impressionante como eu sou capaz de lidar com relativa tranquilidade com todos os outros aspectos de se estar vivo (salvo a própria morte, essa é foda), mas não consigo lidar com a fragilidade do tempo. Ou a sua característica mais sacana que é a de ser flexível.
Quando estamos ocupados falta. Sem nada para fazer sobra de monte. Tem piada cósmica mais cruel? E o pior é que de cósmica não tem nada, é tudo social. Essa é uma das minhas teorias há muito tempo já (huá!). Quase tudo que comanda nossos dias é social. E nisso, muita gente discorda de mim. Fique à vontade.
Amor de mãe é social, (agora as mães todas sentiram uma pontada no útero, outra no fundo do olho, normal...). Você pode amar seu filho mais que tudo no mundo, e eu acredito mesmo que você ame, mas não é porque o ser saiu de dentro de você. Isso é balela. Esse amor vocês construíram, não vem incluso. Foi a sociedade que inventou que mães tinham que amar seus filhos mais que a elas mesmas (aliás, tem conceito mais absurdo? De que serve para uma criança uma mãe que não se importa com ela mesma? Aí ninguém sabe porque muita gente tem um milhão de problemas de auto estima. Enfim...).
O amor romântico é fisiológico, mas só até certo ponto. Foi um jeito que a natureza encontrou para manter os machos humanos perto da cria. Passou daí, é tudo social. Aliás, o amor materno incondicional deve vir daí também. (Bingo!)
A fé também é social (agora os religiosos sentiram a pontada no peito, mais a do fundo do olho...). Não a sua fé. Ela é real para você, então é real. Mas o conceito todo de uma espiritualidade organizada em moldes financeiros é maluquice. Juntar energias parecidas num mesmo lugar para exercitar a espiritualidade faz todo sentido, e dá até um barato bom (mas show de rock também dá... hehehehehehe). Agora, a fé como indústria, por favor. Até o celibato dos padres católicos tem raízes financeiras. Portanto sociais. E acabaram criando um monte de monstros pedófilos por aí. Mas essa é outa história...
E finalmente chegamos ao tempo, mano véio. Não consigo dormir tudo que eu preciso do jeito que está. Gostaria de mais tempo livre para fazer coisas fora do trabalho. Preciso dar mais atenção ao meu noivo, meu gato, minhas plantas. Adoraria cozinhar todo dia, mas chego tão tarde em casa. Ah se eu tivesse mais 20 horas no meu dia! Por que não?

Porque não pode, o dia de todo mundo tem só 24 horas...

Ah! Entendi...

sábado, 1 de novembro de 2014

A culpa não é só da capa de revista

Hoje eu estava na manicure e meu horário de sábado bate com uns filmes infantis que a Globo passa de manhã, então eu acabo vendo um pedaço de alguma coisa toda semana, e comecei a pensar na estrutura de um filme para adolescentes, depois a de um videoclip e depois no entretenimento como um todo.
Tudo é absolutamente perfeito num filme infanto-juvenil. Os romances acontecem, ninguém sofre, ninguém tem pele ruim, e o filme de hoje chegou ao cúmulo de colocar como mãe e filhas duas moças que não deviam ter mais que cinco anos de diferença. Isso que é elenco "jovem".
Claro que existem as produções realistas, megarealistas, ultrarealistas e "uma bicuda na cara", mas não é a maioria e não é para todo mundo... O resultado é que esses filmes, clips e séries aparentemente "inocentes" estão moldando a visão que muita gente tem de mundo e contribuindo muito mais do que a gente imagina para a "escravidão da estética". Até a queridinha do country, Taylor Swift, já está posando de pseudo-gostosa.

Ou seja, a culpa nem de longe é só da capa de revista.