quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

verrückt

Ideias...

Ideias surgem dos lugares mais estranhos e inusitados. E é que nem namorado quando você está sozinha, só aparece um quando você desiste de procurar. Existem infinitas maneiras de suscitar novas ideias, mas acho que a melhor delas, e a que gera os melhores frutos, é mesmo a de parar de procurar. Até porque, estou um pouco de mal da ideia desde que ela perdeu o acento agudo. E, só para constar, ainda estou de luto por todas as tremas. Mas isso não vem ao caso agora e não tem nenhuma relação com a ideia de surgimento da ideia.
Cheguei naquela fase da vida ideal para uma grande ideia, a grande sacada, a melhor que eu já tive. Já não sou tão jovem e inexperiente para não reconhecê-la, e nem tão velha que não poderei colocá-la em prática. Mas a consciência disso pode ser fatal, e espantar a ideia de vez.
Então agora estou numa missão (quase) impossível de tentar enganar a mim mesma de forma que eu acredite que não preciso de uma grande ideia, não estou nem aí para ela, e não tenho plena consciência de que esse é o melhor momento de toda a minha vida para ela aparecer. Assim posso tentar aplicar a técnica de desistir de procurar, sem desistir de verdade, e enganar a ideia que vai mudar minha vida.
Confuso?
Não na minha cabeça...

“Miracles will happen as we speak. But we're never gonna survive unless... We get a little crazy”

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sexta-feira

Chegou a sexta-feira e eu tenho mais o que fazer.
Vou tomar umas, descansar, fazer compras.
Vou relaxar a cabeça e assistir um filme de arte.
Vou dormir até tarde e acordar cedo para não perder o dia.
Vou rezar para a semana que vem ter dois domingos...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tempo?

Faço 33 anos daqui a 3 meses.

Ainda me dão 25 anos de idade.
Me sinto com 150.

Essa sensação já foi negativa, hoje nem é mais. Só uma constatação que minha alma já viveu muito, e nesse corpo passou por coisas demais também. Aos 32 tento ser sábia. E até acredito que consiga um pouco. Ainda não comando totalmente meu destino, mas sinto que me aproximo cada vez mais desse objetivo. Meu amor faz 30 anos daqui a 4 dias. Nosso amor faz 2 anos em 5 meses. Daqui a 30 minutos vou almoçar.

Recebi um e-mail falando de tempo um dia desses. Colocando situações extremas para definir a importância do tempo. Não concordo, mas acredito que uma das principais serventias do tempo é sumariamente ignorada pelas pessoas, a criação de repertório. Tudo que acontece, tudo que vemos, ouvimos, sentimos, experimentamos, discutimos, tudo... tudo é repertório. Serve para tornar a vida e nossas capacidades mais interessantes. Portanto, tempo gasto com inutilidades é tempo perdido, nunca volta.

Há 3 anos, 1 mês e 23 dias, minha mãe faleceu. Há menos de uma semana uma grande amiga deu à luz uma bebê que não sobreviveu. Tempo.

A outra amiga que está relatando o fim do noivado, e suas consequências, num blog continua sofrendo muito. Dois meses que a enormidade do sofrimento dela transformaram em anos. Quem sofreu uma desilusão amorosa dessas sabe bem.

Faço 5 meses de empresa em 3 dias. Acabei de completar dois anos de paz feminina e liberdade oftálmica... Estou há 3 anos, 3 meses e cinco dias em Curitiba. Pode parecer pouco, mas toda a minha vida mudou drasticamente nesse período de tempo. Mudei como pessoa, e muito. Só não consigo ainda não fumar e perder os quilinhos que (sempre) estão sobrando.

Em 10 minutos vou almoçar. Saladinha, carne magra, arroz integral, uma gelatina. Com os colegas, para abastecer o repertório. À noite, tenho a última aula de um curso intensivo de alemão que estou fazendo. Todas as noites, das 18h45 às 22h, durante quase quatro semanas. Estou exausta. Chego em casa só para dormir, sinto falta do meu namorado, meu dia está dividido em três blocos imutáveis de tempo: trabalhar, estudar, dormir. Aos 32 anos não consigo mais fazer isso. Preciso do meu tempo livre para variar meu repertório e torná-lo mais rico. Até porque, uma das coisas que eu mais gosto na vida é intertextualidade, e ela não existe sem repertório.

Três minutos para o almoço. Não, eu não trabalho em um gulag, mas só faço hora extra quando há uma real necessidade. Senão, é meio-dia no restaurante e quatro e meia na rua! Sim, hoje trabalho 6 horas por dia e ainda assim fico estragando meu tempo livre com coisas demais para fazer. Mas quase todo ser humano é assim, não me culpo. Vou dar uma descansada agora, e arrumar uma professora particular para o alemão.

Meio dia.

"I'm looking at you trough the glass, don't know how much time has passed
all I know is that it feels like foverer, but no one never tells you that forever feels like home
sitting all alone inside your head."