segunda-feira, 5 de março de 2012

Nunca fecha...

Nem vou reclamar. Só reconhecer o que todo mundo sabe mas esquece o tempo todo: a vida é muito fugaz. Acho que esquecemos disso porque passamos tanto tempo na mesma rotina, fazendo a mesma coisa, com a mesma energia, que tudo parece entalhado em pedra. (Cuidado... É aí que temos que acordar... Sensação de que a vida é sempre a mesma é desperdício do pouco tempo que temos na Terra.)
Há pouco mais de 30 dias escrevi aqui que voltava à minha luta contra o cigarro. E, naquele momento, achei que esse seria mesmo meu maior problema pelos próximos meses.
Alguns dias depois desse post, meu pai se internou em um hospital em São Paulo e está lá até agora. Volto a escrever porque ele está apresentando melhoras consideráveis depois de mais de um mês de UTI, entubação, sedação, e um risco de morrer que não gosto nem de pensar.
O cigarro voltou rapidinho para a minha vida, claro. Sem condições nem vontade de passar esse perrengue no "seco". Segurei firme as pontas até esse fim de semana, quando ele finalmente saiu da UTI. O stress de tantos dias cobrou sua conta e passei dois dias prostrada. Já estou melhorando também, mas a linha é tênue, e eu posso senti-la. Então tenho que tomar cuidado. Como me disse uma amiga muito querida, e que está a milhas de distância mas encontrou tempo para me ligar e levantar um pouco meu astral: "cuide de si".
E falando em amigos, eu afirmei uma vez a um deles que a conta nunca fecha. E é verdade. Temos perídos melhores e piores. Períodos de tempestade e calmaria. Mas fechar mesmo, ficar tudo bem e equilibrado na vida, isso não acontece nunca. Melhor acostumar com a ideia porque o sofrimento é menor.
Quando não é o emprego, é a vida afetiva, quando não é esta, é a familiar, quando não é isso é a saúde, ou problemas com algum amigo.
E é assim mesmo. Às vezes mais, às vezes menos. Só nunca fecha.

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