segunda-feira, 11 de julho de 2011

Schwarze

Uma segunda-feira que quase encaixa com o fim de semana meio triste, de cismar de ver jogo na televisão (coisa que eu quase nunca faço) e sofrer com as derrotas do país. Patriotismo que eu quase nunca sinto também. O resultado foi um afogar de mágoas que está complicando meu começo de semana.
Sonhei com uma pantera negra essa noite. Algumas maluquices completamente fora de lugar começaram a sessão do meu subconsciente, mas isso é normal. Em seguida veio o ambiente limpo, futurista, eficiente. E eu era algum tipo de carcereira de pessoas e criaturas que estavam fugindo não sei do quê. Optei por deixá-los livres, pessoas e criaturas, para que descobrissem que não havia como fugir, nem para onde. E percebessem que eu não faria mal.
Uma das criaturas era a tal pantera. Super negra e totalmente enorme que eu vi correr e voltar. E deitar-se aos meus pés como um gatinho pedindo carinho. Eu que estava cautelosa com ela entendi que, a partir daquele momento, ela era minha. Minha companheira e minha segurança. Minha força.
E me afeiçoei tanto ao bicho que me foi dolorido acordar, já saí da cama com saudades e estou com saudades até agora. Espero que ela venha novamente me visitar, nessa ou em outra noite.
Às vezes meus sonhos me trazem mensagens e ainda estou tentando descobrir empiricamente o que me trouxe a pantera. Da última vez que eu pedi orientação fui visitada por uma deusa negra, linda e muito grávida, em um cavalo branco. Ela me disse que tudo ia ficar bem, que eu faria as escolhas corretas, que eu estava gestando meu futuro.
Minha pantera também é negra como a noite. Minha força parece se manifestar dessa forma, fantasiada de obscura mas, na verdade, trazendo as imagens certas para me impressionar e fazer com que eu perceba a mensagem. É meu lado “mau” trazendo o melhor de mim para mim.
Mas, mesmo que eu não descubra o significado, o olhar daquele bicho, o pêlo macio, quente, sedoso e muito negro, e o peso e calor de algo tão poderoso deitado no meu colo, vão ficar comigo um pouco mais ainda. E são bem vindos.

“I see a red door and I want it painted black
No colors anymore I want them to turn black”

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