sexta-feira, 1 de julho de 2011

Uma pausa

Algum tempo ausente, coisa que sempre me aborrece um pouco. Mas a vida da gente é assim, com ânsias que mudam de tempo e lugar a todo minuto. Antes soubéssemos como controlá-las.
Hoje, por exemplo, estou com a sensação de que fui dormir criança e acordei muuuuuito adulta (apesar de pessoas muito adultas não escreverem muuuuito adultas). Minhas amigas todas têm filhos. E falam sobre filhos. E as amigas das amigas falam sobre filhos. Meu pai quer um neto a todo custo. E eu nem gosto nem desgosto de filhos. Só acho, numa avaliação bem fria e “objetiva” que se passa muito tempo falando de filhos e pouco pensando no que se pode fazer para melhorar a vida deles no futuro. Não me refiro às amigas citadas, nem sei como elas estão criando os respectivos filhos. É só uma sensação generalizada de quem vê antas rematadas dando sukita na colher para bebezinhos que nem andam ainda.
Acho que as pessoas estão com muito medo de dizer não às crianças. E já que os filhos estão, aparentemente, no meu futuro próximo, fico com meu radar de jornalista tentando entender o que está acontecendo com mães e pais modernos, para misturar isso com meus valores, não repetir os erros de minha mãe e tentar traçar um plano. E quanto mais eu penso nesse plano, mais eu vejo o quanto ele é complicado.
E é aí que eu percebo que virei adulta. Uma adulta com um medo danado de só falar sobre filhos.

“I don't need no one to tell me about heaven
I look at my daughter, and I believe”

Um comentário:

  1. Sou mãe e tudo que se relaciona a este assunto ainda me assusta. Já vai fazer 24 anos que me tornei mãe pela primeira vez e não tem manual, receita, conselho, nada, mas nada mesmo que nos prepare para essa maratona "maternal". A única certeza que temos durante essa jornada é que damos o melhor de nós mesmas para nossos filhos, seja isso suficiente ou não.

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