segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Rude awakenings...

Eu já reclamei de 2014. Bastantinho até. Também já me dei conta de que ele não foi tão ruim assim. Chamei de startup e foi mesmo. Agora tenho que usar o próximo ciclo para me consolidar, e consolidar minhas decisões, para que elas se transformem em sucesso.
De vez em quando, porém, acontece alguma coisa para lembrar o quanto é real a realidade. Tomei um tombão na sexta-feira. Dobrei o pé e fui com os dois joelhos no chão. Da última vez que isso aconteceu, também era um começo de ano e minha mãe tinha acabado de falecer. Desta vez, um amigo querido meu e do meu pai que se foi. Mas quando eu caí eu nem sabia ainda...
O saldo é um começo de ano com uma dor física chatinha e um aperto no coração. Mas fico imaginando que esse tipo de coisa acontece comigo toda vez que eu estou para me desviar de uma realidade que precisa de mim. Não é fuga, é só refração, mas ainda assim preciso de um tapinha no ombro para voltar a filtrar do jeito certo.
Em alguns dias, se completam 7 anos da morte da minha mãe. Em algumas semanas, três anos da morte do meu pai. Nesses três anos, também se foram as outras duas partes do meu pai, dois amigos que seguiram com ele a mesma rota, de alegria e companheirismo, mas de autodestruição também. Não se cuidaram. Viveram os excessos e exageros. E agora estão juntos numa grande festa em algum lugar. Três homens incríveis, em três anos. Difícil...
E de lá para cá, eu vinha seguindo um ciclo de dor, luto e recuperação. Ainda não posso dizer que ele acabou, mas preciso que ele comece a acabar, senão não conseguirei focar as minhas energias para o que importa, a vida nova que eu escolhi. Por isso o tombo. Por isso, mais um rude despertar da própria vida. Para eu sair do meu ciclo de refração e enxergar meu entorno de forma clara.
Tristeza pesa e cansa. É um treco foda de carregar. Tem sua utilidade, dá força, mas precisa ser abandonada em algum momento senão a dor fica insuportável e a gente não consegue mais se mexer.
Meus votos para meu próprio ano novo e o de todos que amo é: coragem! Com ela, a gente pode tudo.


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