quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Consciência negra...

Esse negócio de Dia da Consciência Negra só serviu para me lembrar do bode que eu tenho com o mimimi do preconceito. Quando é mimimi, é claro. Existe preconceito e eu sei, e eu já disse isso.
Só que essa coisa de preconceito, aliada ao politicamente correto, ficou tão chata que eu tô querendo me mudar para Marte. Um amigo postou a foto da Beyonceline Dion, como tá escrito lá, mais loira do que eu!
Mas eu que sou loira natural, não posso achar isso uó. É preconceito.
Ela, por outro lado, tem todo o direito de dizer que eu sou "branca demais para isso" caso eu tente imitar qualquer trejeito "negro". Da última vez que eu chequei gente era tudo gente, mas beleza.
O branco que se encanta com a cultura negra e tenta "imitar" é taxado de ridículo, ou é tão especial que "ganha o direito" de usar a alcunha "de alma negra". E com todo o orgulho, viu?

Sem falar nos outros tipos de preconceito. Outro dia outra postagem me tirou do sério, mas eu prometi para mim mesma que não ia mais iniciar essas discussões no Facebook. Não vale a pena.
A postagem era sobre como um estudante pobre de colégio público do nordeste teve a nota mais alta do Enem. O problema foi o tom da postagem, tipo "chupa direita!", ou seja lá o que esse povo tá achando ruim agora.
E se o garoto fosse pobre, de escola pública, mas loiro de olho azul do interior do Rio Grande do Sul? Aí não é conquista. Aí não é prova de nada. Aí não vale nota. E eu achando que era só mais um menino inteligente.
Só que se for para provar que o preconceito está aí a todo vapor, a notícia faz exatamente o efeito contrário. O preconceito é achar que vale ser notícia um menino inteligente que tira a maior nota do país, só porque ele é nordestino.
Né não?

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