quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Falta "quem manda aqui sou eu"...

Então, como eu disse ontem, a coisa do banheiro vai render um baita pano para a manga.
Agora foi uma criança daquelas que fala tudo meio chorando, meio resmungando. Tenho horror a esse tipo de criança. Me deu uma vontade de perguntar para a menina o que tava doendo... A mãe dela ia me socar no banheiro... hahahahaha. Isso que a criança devia ter quatro para cinco anos. Mas eu quase não me controlo.

Brincadeiras à parte, isso para mim é uma grandessíssima falta de "quem manda aqui sou eu". Com os tempos modernos pais foram proibidos de bater, xingar, abusar física ou moralmente de seus filhos. Até aí tudo certo, certíssimo. Mas também esqueceram no processo a relação de autoridade com a qual toda criança precisa aprender a lidar. No meu tempo resmungo era respondido da seguinte forma: "se não parar com a manha vou te dar motivo de verdade para chorar". E a gente engolia a birra.

O Castelo Rá Tchim Bum ensinou que "porque sim não é resposta", que pode ser facilmente distorcido em "porque não não é resposta" e aí começa a negociação. Acabou o "vai ser assim porque eu estou mandando", que tanto eu ouvi quando era criança. Ajuda a lidar com algumas frustrações da vida adulta também, sabe?

Aí a gente vê gerações inteiras de jovens que querem começar a carreira na presidência, que não aceitam hierarquia e que acham que a visão de mundo deles é a única que presta. Porque são todos pequenos gênios que já nasceram com o computador e o playstation no quarto e merecem ser respeitados. Mereciam eram as palmadas que não se pode mais dar em criança!

Ainda não tenho filhos e sei o que a maioria das mães pensa: "espera ser o seu, aí você vai ver..." Ouvi uma dessas ontem mesmo e sei que muita coisa vai mudar na minha vida se isso um dia acontecer. Mas não tem desculpa para criança birrenta e mimada. É falta de educação mesmo e culpa única e exclusiva dos pais. Educação, boas maneiras, se ensina em casa.

Um comentário:

  1. Putz, Kira, aí nem é o "quem manda aqui" ou umas palmadas.

    É estabelecer uma relação de respeito e autoridade, não baseada na ameaça de agressão.

    Minha filha, Diana, por exemplo. Ela sabe negociar qualquer situação, mas sabe que tem hora que não há o que negociar. Tudo que faço é "falar mais grosso" (o que é dificil pra mim, como tu sabe xD) e ela saca que não vai rolar e ela pode ficar de castigo se não obedecer.

    Não rola choramingo. Ela costumava a ligar pra mãe falando que queria ir embora quando passava férias/finais de semana aqui. Um dia deu no saco, pequei o telefone, liguei pra mãe, fiz com que a Diana arrumasse suas coisas e a levei embora. Detalhe, no dia seguinte íamos na Pinacoteca (passeio predileto dela). Ela chorava horrores que não queria ir embora e minha pergunta foi simples: porque disse que você queria? Agora aguenta a consequência. (Nota: era de partir o coração a cena)

    Aconteceu de novo? Nem a pau. Ela faz esse tipo de coisa quando tá comigo? Nem a pau.

    Com a mãe, no entanto, são outros 500.

    Saudades de ti, muié! Beijos.

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