terça-feira, 21 de outubro de 2014

Tupinicópolis, again!

Eu falo que isso aqui é país-zinho e tenho muitos motivos para tanto. Vamos deixar para lá a eleição que essa palhaçada é padrão, não sei porque tem gente que ainda se espanta.
Quero mesmo é falar sobre uma matéria do Fantástico de domingo (odeio o Fantástico, mas de vez em quando me enganam lá em casa e deixam a TV ligada nessa tranqueira) sobre as quadrilhas de aborto.

Claro que médico fajuto que faz esse tipo de coisa nos fundos de casa e mata um monte de gente por aí é criminoso, isso sem sombra de dúvida.

Mas por que isso acontece? Porque ninguém se importa de permitir que uma moral (moral, uma coisa que é de cada um, não serve igual para todo mundo) religiosa (religião, não ciência) defina como cada mulher deve encarar um ser crescendo dentro do seu corpo. A história já provou por A + B que as mulheres não vão parar de fazer aborto. E, na minha humilde opinião, foi-se o tempo que a igreja católica, evangélica, cristã, ou qualquer outra tinha o direito de decidir sobre a minha vida e o meu corpo. Moral religiosa é exatamente isso, uma noção que é diferente para cada religião e portanto, diferente para cada pessoa.

Assim, bandido vai tirando dinheiro e deixando doente, quando não mata, um monte de meninas e mulheres por aí. E o Fantástico acha bonito mostrar como as quadrilhas foram pegas num incrível trabalho da polícia. Que nem seria necessário se o aborto pudesse ser feito legalmente.

Mas aí você pode pensar: como vai legalizar o fim de uma vida?
Desculpe a sinceridade, mas o conceito de quando um feto vira vida também é diferente para cada um, e é essencialmente espiritual. Você lembra de qualquer coisa antes de nascer? Ou até depois, enquanto era bebê? Então, eu também não.

Não é um dos assuntos mais fáceis e não deveria ser uma saída fácil para uma gravidez indesejada, não é isso que eu estou dizendo. Fácil é controle de natalidade. é só ensinar as meninas a prevenir a gravidez, e fazer boas campanhas no país, certo?

Não. Isso também não pode no Brasil.
Pelo mesmo motivo absurdo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário