terça-feira, 14 de outubro de 2014

When I get lonesome I get on the telephone

Antigamente, se a gente se sentia sozinho, fazia isso mesmo. Telefone era coisa de hoooooras, principalmente para as meninas. Eu tive relacionamentos inteiros baseados em hábitos telefônicos. Sem contar o frio na barriga cada vez que o danado tocava quando a gente estava esperando uma ligação. Porque esperar uma ligação era exatamente isso, a gente tinha que se plantar em casa e não inventar nenhum tipo de compromisso.
Agora a gente espanta o tédio com a janela do mundo, o Facebook. Mas o protocolo é tão diferente que nem de longe dá a mesma satisfação. Com tempo para pensar na resposta é tudo muito apropriado, ou inapropriado de propósito. Acho que por isso tem cada vez mais gente "desabafando" absurdos na tal janelinha. Vai-se perdendo a noção, já que estamos desprovidos de reação, espontaneidade e até do importantíssimo tom de voz nessas conversas pelo teclado. A única coisa que salva são os papos com irmãos e irmãs de coração, gente que a gente conhece tão bem que consegue até "ouvir" o que a pessoa escreveu.
Mas esses são tão poucos na nossa vida...

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